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A dança das cadeiras no Rio: entre a popularidade e a realidade

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 14 de fev.
  • 2 min de leitura

A nova pesquisa eleitoral da Prefab revela um retrato curioso da política fluminense, mostrando Cláudio Castro bem posicionado para o Senado e Eduardo Paes com ampla vantagem na corrida pelo governo estadual. No entanto, o que mais chama a atenção não são os nomes ou os números em si, mas a desconexão entre as preocupações da população e as opções disponíveis para resolver esses problemas.


A segurança pública aparece como a maior preocupação dos fluminenses, com quase metade dos entrevistados (48,3%) apontando-a como o principal problema do estado. Mesmo assim, os candidatos mais bem colocados não apresentam propostas concretas para enfrentar essa crise. O Rio de Janeiro segue refém de facções criminosas, milícias e uma polícia mal equipada e sobrecarregada, enquanto o debate eleitoral continua girando em torno de figuras políticas desgastadas.


No cenário para o Senado, Cláudio Castro aparece bem posicionado, mesmo sendo o governador de um estado onde a violência continua descontrolada e a corrupção segue como uma sombra constante sobre a administração pública. Já na disputa para governador, Eduardo Paes lidera com folga, mas seu favoritismo reflete mais a falta de concorrência real do que um endosso entusiasmado ao seu nome.


A pesquisa também mostra a força do bolsonarismo no estado, com Flávio Bolsonaro liderando a disputa para o Senado e seu pai dominando o cenário presidencial. O nome de Pablo Marçal aparece como uma surpresa, sugerindo um eleitorado sedento por novidades, ainda que sem muita clareza sobre qual caminho seguir.


O eleitor fluminense precisa olhar além dos números e cobrar soluções reais para os problemas que tornam a vida no Rio cada vez mais difícil. Se a segurança é a principal preocupação, o que os candidatos vão fazer para enfrentar o crime organizado? Se a corrupção assombra o estado há décadas, quem tem um plano para mudar essa realidade? Até agora, a pesquisa mostra apenas um jogo de popularidade, mas o que o Rio de Janeiro precisa é de compromisso e transformação.



 
 
 

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