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A realidade que se repete: criminalidade e a ilusão do combate ao tráfico em Barra Mansa

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 13 de fev.
  • 2 min de leitura

Mais uma operação policial, mais uma apreensão de drogas e armas, mais alguns jovens presos – e a sensação de que nada muda. A ação realizada pelo GAT II da Polícia Militar no bairro Nova Esperança, na noite desta quarta-feira (12), seguiu o roteiro de sempre: denúncias, abordagem, apreensão e prisão. Uma história que se repete à exaustão sem alterar o quadro geral da violência e do tráfico de drogas na cidade.


O episódio desta semana teve um elemento curioso: criminosos haviam gravado um vídeo ostentando armas exatamente no local onde a operação aconteceu. Um ato de provocação? Um desafio aberto à polícia? Ou apenas a certeza de que, por mais que sejam alvos momentâneos, o jogo continua o mesmo?


Na prática, os desdobramentos foram previsíveis. Dois jovens de 20 anos foram detidos, uma idosa de 64 anos acabou envolvida, e a polícia retirou de circulação algumas armas e pequenas quantidades de drogas. Mas a pergunta essencial permanece: o tráfico de drogas em Barra Mansa sofreu algum golpe significativo com essa operação? Ou apenas se reorganizará, como sempre acontece?


As forças de segurança fazem o trabalho que lhes cabe, mas enquanto o Estado insistir em tratar a criminalidade como uma questão puramente policial, sem atacar suas raízes sociais e econômicas, continuaremos assistindo a esse ciclo interminável de apreensões e prisões que não resolvem o problema.


A realidade é que, daqui a alguns dias ou semanas, outra operação acontecerá, em outro bairro, com outros jovens presos e mais manchetes sobre drogas e armas. E a cidade seguirá fingindo que está no controle da situação, enquanto o tráfico, em sua essência, continua A realidade que se repete: criminalidade e a ilusão do combate ao tráfico em Barra Mansa


Reprodução de vídeo



 
 
 

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