A Violência no Sul Fluminense: A Chaga de uma Região Refém do Medo
- Marcus Modesto
- 26 de jan.
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Volta Redonda:
O Sul Fluminense, outrora símbolo de progresso e desenvolvimento industrial, vive hoje um cenário alarmante de violência. Os episódios brutais registrados neste domingo (26), em Volta Redonda, são mais uma demonstração da escalada do crime na região. Um homem de 44 anos foi executado a tiros em frente à própria casa, enquanto o corpo de um jovem, com sinais evidentes de tortura, foi encontrado às margens da Rodovia do Contorno.
O mais preocupante é que os crimes, atribuídos ao tráfico de drogas, acontecem em plena luz do dia e em locais de grande circulação, sem que os responsáveis pareçam temer qualquer tipo de represália. A impunidade e a falta de políticas eficazes de segurança pública alimentam esse ciclo de barbárie.
A violência deixou de ser um problema isolado para se tornar uma epidemia social. A população, refém do medo, vive sob o domínio de grupos criminosos que impõem suas próprias leis, enquanto o poder público se mostra ineficaz diante do avanço das facções. A ausência de policiamento ostensivo, a morosidade das investigações e a insuficiência de programas sociais que combatam a raiz do problema contribuem para o agravamento desse quadro.
Até quando assistiremos a execuções como essas sem que medidas concretas sejam tomadas? O Sul Fluminense precisa de mais do que discursos e promessas vazias. É urgente que as autoridades saiam da inércia e implementem políticas efetivas de combate ao crime, que envolvam tanto a repressão quanto a prevenção. Caso contrário, seguiremos contando corpos e lamentando o que já se tornou rotina: a banalização da morte.

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