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Aliado de Trump chama STF de “terrorista” após fala de Moraes em julgamento de Bolsonaro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 2 de set.
  • 2 min de leitura

O julgamento que analisa a tentativa de golpe de Estado no Brasil ganhou contornos internacionais nesta terça-feira (2), após a reação do estrategista político Jason Miller, um dos principais aliados de Donald Trump. Miller usou as redes sociais para atacar o ministro Alexandre de Moraes, que havia afirmado em plenário que a “soberania é inegociável”.


De forma irônica, o ex-porta-voz de Trump respondeu: “Observado. E seria sensato que @STF_oficial @Alexandre soubesse que os Estados Unidos não negociam com terroristas”. A declaração provocou críticas imediatas e foi vista como um gesto de hostilidade externa contra uma instituição de Estado brasileira.


Julgamento do “Núcleo Crucial”


As declarações ocorrem no contexto da Ação Penal 2.668, em análise pela Primeira Turma do STF, que investiga a atuação do chamado “Núcleo Crucial” do esquema golpista. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados planejaram e estimularam atos para tentar instaurar um regime de exceção após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro em 2022.


Entre os réus está o próprio ex-presidente, acusado de incitar a ruptura institucional contra a Justiça Eleitoral e o Supremo. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi enfático: “Evidenciou-se que a organização criminosa contribuiu até o último momento para que a insurgência popular levasse o país a um regime de exceção”.


Tensão além das fronteiras


A manifestação de Miller, figura influente no Partido Republicano dos EUA, amplia a dimensão política do julgamento. Ao rotular o STF como “terrorista”, o aliado de Trump elevou a disputa retórica a um patamar diplomático delicado. Juristas e especialistas em relações internacionais apontam que a fala pode ser interpretada como ingerência indevida em questões internas brasileiras, em um momento em que a Corte julga alguns dos episódios mais graves da história recente da democracia nacional.

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