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Alta de casos de Covid em janeiro acende alerta para vacinação e prevenção

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 3 de fev.
  • 2 min de leitura

O Brasil voltou a registrar um aumento preocupante nos casos de Covid-19. Em janeiro de 2025, o país atingiu o maior número de infecções dos últimos dez meses, com 72.846 casos confirmados, um crescimento de 68% em relação a dezembro. O pico começou nas últimas semanas de 2024 e se intensificou ao longo do mês, segundo dados do Ministério da Saúde processados pela plataforma SP Covid Infotracker.


O número de mortes também subiu. Foram 310 óbitos apenas na segunda quinzena de janeiro, quase o dobro dos 165 registrados no mesmo período de dezembro. A alta já era esperada por especialistas, que atribuem o crescimento à sazonalidade do vírus, às festas de fim de ano e à queda na imunidade coletiva.


Por que a Covid continua circulando?


O médico infectologista Max Igor Lopes, da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que o coronavírus segue um padrão semelhante ao da gripe e de outros vírus respiratórios. A proximidade entre as pessoas no verão e a redução da imunidade da população favorecem novos surtos.


Além disso, a pandemia não acabou completamente – a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência sanitária, mas o vírus continua ativo. Com novas variantes surgindo constantemente, a Covid segue competindo espaço com outras doenças respiratórias. Atualmente, as subvariantes predominantes são JN.1, AKP.3.1 e XEC.


O impacto das aglomerações e a subnotificação


O professor da Unesp Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid Infotracker, destaca que as festas de fim de ano impulsionaram o aumento de casos. Com as viagens, encontros familiares e grandes eventos, a transmissão do vírus ganha força.


Outro problema é a subnotificação. Muitas pessoas que apresentam sintomas gripais não fazem o teste e acabam não entrando nas estatísticas oficiais. Além disso, o estigma da Covid ainda existe – algumas pessoas evitam admitir que contraíram a doença, temendo julgamentos ou revivendo o trauma dos anos mais críticos da pandemia.


Como se proteger?


A vacinação continua sendo a principal forma de proteção. O infectologista Max Igor Lopes alerta que muitas pessoas abandonaram os reforços da vacina, principalmente idosos. O Ministério da Saúde recomenda:

Vacinação anual para todas as pessoas a partir de 5 anos.

Duas doses por ano (a cada seis meses) para idosos, imunocomprometidos e gestantes/puérperas.


Além disso, o uso de máscaras em casos de sintomas respiratórios ainda é essencial, especialmente para proteger idosos e pessoas de grupos de risco.


Covid ou gripe? Como diferenciar


Os sintomas da gripe incluem febre, fadiga, dor no corpo, coriza e espirros, enquanto a Covid tende a afetar mais as vias aéreas superiores, causando tosse, dor de garganta, dor de cabeça e perda de olfato.


Na dúvida, o ideal é buscar atendimento médico e realizar testes em farmácias ou laboratórios. Afinal, com a Covid ainda circulando, o cuidado continua sendo essencial.



 
 
 

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