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Após queda de popularidade, Lula recupera fôlego e melhora avaliação, aponta Datafolha

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 5 de abr.
  • 3 min de leitura

Depois de enfrentar o pior momento de popularidade desde o início de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou uma leve recuperação, segundo a mais recente pesquisa do Instituto Datafolha.


O índice de brasileiros que consideram seu governo “ótimo” ou “bom” subiu de 24% em fevereiro para 29% agora. Apesar da melhora, o número ainda é inferior ao dos que avaliam a gestão como “ruim” ou “péssima”, que caiu de 41% para 38%. Já a parcela que considera o governo “regular” se manteve estável, em 32%.


O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 pessoas a partir de 16 anos, em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


Mesmo com a alta, os números ainda representam o segundo pior patamar da gestão Lula 3 — ficando à frente apenas do resultado de fevereiro. Até então, em todos os levantamentos feitos desde o início do atual mandato, a avaliação positiva superava ou empatava numericamente com a negativa. Em dezembro, por exemplo, 35% aprovavam o governo, ante 34% que o reprovavam.


A queda anterior na popularidade ocorreu em meio ao aumento no preço dos alimentos, à pressão inflacionária e à crise provocada por boatos de taxação do Pix, além de críticas à comunicação do governo. Para reverter o cenário, Lula nomeou o marqueteiro Sidônio Palmeira para a chefia da Secom (Secretaria de Comunicação Social).


A avaliação atual de Lula se aproxima da registrada durante o auge da crise do mensalão, em 2005, quando o presidente tinha 28% de aprovação. Para efeito de comparação, em maio de 2021, Jair Bolsonaro (PL) enfrentava 24% de avaliação positiva e 45% negativa, durante a pandemia.


A pesquisa também mostra um empate técnico na percepção geral do governo: 49% desaprovam Lula, enquanto 48% o aprovam. Outros 3% não souberam opinar.


No entanto, a expectativa para o futuro do governo permanece estagnada. Apenas 35% acreditam que Lula fará um bom ou ótimo governo daqui para frente — mesmo percentual dos que preveem uma gestão ruim ou péssima. Outros 28% acham que será regular. É a primeira vez, desde o início do mandato, que a expectativa positiva não supera numericamente a negativa. Em março de 2023, 50% tinham esperança de um governo bom ou ótimo.


Sobre os impactos percebidos desde a posse de Lula, 29% afirmam que a vida piorou, contra 28% que dizem ter melhorado — praticamente um empate técnico. Já 42% dizem não terem sentido mudanças significativas. Em julho de 2023, apenas 23% diziam que a vida havia piorado, e 51% afirmavam que tudo permanecia igual.


A recuperação mais significativa na avaliação positiva ocorreu entre os eleitores com ensino superior, passando de 18% para 31%. Também houve alta entre as faixas de renda mais elevadas. Entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos, a aprovação foi de 17% para 26%; entre os que recebem de 5 a 10 salários ou mais de 10, a taxa subiu de 18% para 31%.


No recorte por regiões, o Nordeste segue como o principal reduto de apoio ao presidente, com 38% de avaliação positiva, embora ainda abaixo dos 49% registrados em dezembro. No Sudeste, a aprovação passou de 20% para 25%.


Entre as mulheres, Lula viu um avanço de 6 pontos: 30% agora avaliam o governo como bom ou ótimo, contra 24% em fevereiro. Esse grupo chegou a dar 38% de apoio ao presidente no fim do ano passado.


Diante dos números, o governo federal prepara uma ofensiva de comunicação. Sob o comando de Sidônio, a Secom planeja uma campanha publicitária robusta, com investimentos que podem ultrapassar R$ 3,5 bilhões em contratos de ministérios, estatais e bancos públicos ao longo de 2025. A nova fase da estratégia começou na última quinta-feira, com um evento batizado de “Brasil Dando a Volta por Cima”, com tom claramente voltado à recuperação da imagem do governo.



 
 
 

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