top of page
Buscar

Apreensão Recorde de Armas no Rio de Janeiro Expõe Escalada da Violência e Disputa entre Facções

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 4 de fev.
  • 3 min de leitura

A crise de segurança pública no Rio de Janeiro atingiu um novo patamar alarmante. Em janeiro de 2025, a Polícia Militar do estado apreendeu 410 armas de fogo em posse do crime organizado, um número que evidencia a crescente militarização das facções criminosas. Entre essas armas, 84 eram fuzis, estabelecendo um recorde na série histórica iniciada em 2015. O dado é preocupante não apenas pelo volume, mas pelo tipo de armamento que circula livremente entre criminosos.


O Avanço das Facções e a Baixada Fluminense como Campo de Batalha


Grande parte das apreensões ocorreu na Baixada Fluminense, uma das regiões mais violentas do estado e palco de disputas sangrentas entre o Comando Vermelho, o Terceiro Comando Puro e milícias. O uso massivo de fuzis nesses confrontos transforma áreas urbanas em verdadeiras zonas de guerra, onde a população civil se vê refém da violência.


A comparação com anos anteriores reforça a gravidade da situação: em janeiro de 2023, foram apreendidos 53 fuzis, um número já alto, mas significativamente menor do que os 84 registrados no mês passado. Até então, o recorde mensal havia sido em agosto de 2024, com 78 apreensões. Isso mostra que, apesar das operações policiais, a entrada de armamento pesado no estado segue em ascensão.


Apreensões da Polícia Federal Revelam Outra Frente do Tráfico de Armas


Na mesma semana, a Polícia Federal realizou uma importante apreensão de 11 fuzis na RJ-127, em Paracambi. Dois homens foram presos transportando o armamento em um carro e uma motocicleta. As investigações apontam que as armas tinham como destino o Complexo da Penha, reduto do Comando Vermelho.


O fato de essas armas não entrarem na estatística da Polícia Militar do estado levanta um alerta: os números oficiais podem não refletir toda a dimensão do problema. A quantidade de fuzis apreendidos pela PF indica que o tráfico de armas segue um fluxo constante e organizado, exigindo uma resposta coordenada entre as forças de segurança estaduais e federais.


O Que Explica o Crescimento do Arsenal do Crime?


A chegada de fuzis em larga escala ao Rio de Janeiro passa por diversas rotas de tráfico internacional, que envolvem contrabando vindo dos Estados Unidos, Paraguai e Bolívia. O armamento entra no Brasil por fronteiras pouco fiscalizadas e segue para as favelas cariocas, onde abastece facções criminosas e milicianos.


O poder de fogo crescente dessas organizações não é apenas uma ameaça à segurança pública, mas um desafio direto ao Estado. A dificuldade das autoridades em conter esse fluxo de armas expõe falhas na fiscalização de fronteiras e portos, além da fragilidade das operações de inteligência para interceptar carregamentos antes que cheguem às mãos dos criminosos.


Segurança Pública em Xeque


O aumento nas apreensões de fuzis pode ser interpretado de duas formas: como resultado de operações mais eficazes ou como um sintoma de que há mais armas circulando do que nunca. Independentemente da ótica, o fato é que o crime organizado está cada vez mais bem armado, enquanto a população segue à mercê da violência.


Se o governo estadual e federal não adotarem medidas mais contundentes para combater o tráfico de armas, o Rio de Janeiro continuará sendo um laboratório do crime, onde facções criminosas testam sua força à custa da vida de milhares de inocentes. O tempo para respostas efetivas está se esgotando.

Fonte Agência Brasil


Foto Tomaz Silva/ Agência Brasil


 
 
 

Comments


bottom of page