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Asfalto paliativo expõe abandono no Córrego das Laranjeiras

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 31 de mai.
  • 2 min de leitura


O anúncio da aplicação de um “asfalto paliativo” no Córrego das Laranjeiras, em Barra Mansa, escancara o tamanho do descaso histórico com os moradores da região. Depois de anos de promessas não cumpridas, obras inacabadas e discursos vazios, a solução encontrada pela Prefeitura é tapar buracos — literalmente — e seguir empurrando o problema com a barriga.


O próprio termo usado pelos gestores, “asfalto paliativo”, deixa claro que não se trata de uma obra de verdade, mas de um remendo. Uma maquiagem que não resiste ao tempo, à chuva ou à indignação crescente da população, que vive diariamente com lama, poeira, buracos e abandono.


Enquanto lideranças políticas tentam transformar ações paliativas em marketing, o sofrimento dos moradores segue ignorado. O problema é muito maior do que jogar uma camada de asfalto. A comunidade precisa de uma solução definitiva: a conclusão da drenagem, do canal e da infraestrutura que o local exige há anos.


Se há dinheiro para pavimentar outros bairros, fazer praças, rotatórias e até contratar shows, por que não há prioridade para resolver de vez a situação do Córrego das Laranjeiras? A resposta parece clara: falta vontade política.


Fica evidente que a mobilização recente, com vereadores e representantes pressionando, só aconteceu porque a situação se tornou insustentável até para quem faz vista grossa. E mais uma vez, quem paga o preço são os moradores, obrigados a aceitar uma solução que já nasce com prazo de validade.


O povo não quer favor, não quer tapa-buraco, não quer anúncio pra inglês ver. O que o Córrego das Laranjeiras pede, há anos, é respeito, dignidade e uma obra definitiva — e não mais um paliativo que some na primeira chuva.



 
 
 

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