top of page
Buscar

Ataque a delegacia expõe falência da segurança pública no Rio

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 16 de fev.
  • 2 min de leitura

A cena de dez criminosos armados com fuzis atacando uma delegacia de polícia em Duque de Caxias poderia parecer um enredo de filme de ação, mas é a realidade cruel do Rio de Janeiro. O ataque à 60ª DP (Campos Elíseos) na noite deste sábado (15) escancara o nível de ousadia das facções criminosas, que agora desafiam as forças de segurança de forma aberta e sem receio de represálias.


O objetivo da ação? Resgatar o traficante Rodolfo Manhães Viana, o “Rato”, preso mais cedo por agentes da mesma delegacia. A tentativa fracassou, mas o saldo do ataque foi grave: dois policiais feridos, uma troca de tiros que durou cerca de dez minutos e três presos fugindo em meio ao caos.


A audácia desse grupo de criminosos não é um caso isolado – é o reflexo de uma política de segurança falida, que há anos apenas apaga incêndios sem apresentar soluções estruturais. Se um bando armado se sente confortável para invadir um prédio público e abrir fogo contra policiais, o que impede essas mesmas quadrilhas de ditarem suas próprias regras em favelas e bairros inteiros?


Estado refém do crime


A violência no Rio de Janeiro não é um problema recente, mas se torna mais alarmante quando o crime organizado avança a ponto de desafiar diretamente o poder público. A falta de controle sobre armamentos de guerra, a impunidade e a fragilidade da segurança pública criam um ambiente onde ataques desse tipo se tornam possíveis – e cada vez mais frequentes.


O que aconteceu em Duque de Caxias é um recado claro ao governo estadual e federal: ou há uma resposta firme e estratégica contra essas organizações criminosas, ou o Rio de Janeiro continuará refém de facções que desafiam a autoridade e impõem o terror à população.


A população, como sempre, segue abandonada entre o medo e a desesperança, enquanto o Estado, refém da própria incompetência, assiste criminosos armados de fuzis ditarem as regras.



 
 
 

Comments


bottom of page