Barra Mansa :O futuro que nunca chega

Marcus Modesto

De promessas vazias, Barra Mansa já está cheia. A cada novo governo, surge um “grande projeto” vendido como solução mágica para os problemas econômicos da cidade. Agora, a bola da vez é o tão falado parque industrial na antiga Edimetal, apresentado como o “futuro do desenvolvimento econômico” do município.

Nos discursos, tudo parece perfeito: logística invejável, com acesso à Rodovia Presidente Dutra e à linha férrea; geração de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos; desenvolvimento, renda e prosperidade. Parece até propaganda de país de primeiro mundo.

Mas basta olhar para trás para lembrar quantas vezes a cidade já foi enganada com esse mesmo roteiro. Quantos “futuros” já foram anunciados? Quantos terrenos foram loteados, placas foram inauguradas, maquetes foram exibidas… e no fim, o que se viu foram espaços abandonados, promessas não cumpridas e um povo cada vez mais desconfiado.

O discurso segue o mesmo: “em breve”. E esse “em breve” nunca tem data concreta, nunca tem transparência, nunca tem prestação de contas. Enquanto isso, o desemprego cresce, as oportunidades somem e os jovens continuam deixando a cidade em busca de uma chance que aqui nunca chega.

Barra Mansa não precisa de mais marketing. Precisa de compromisso real, planejamento sério, políticas públicas eficientes e respeito com quem vive aqui. O futuro não pode ser só uma palavra bonita jogada no palanque. O futuro tem que sair do papel.

E se não sair, vira só mais um capítulo na coleção de promessas que nunca se cumpriram.