Barra Mansa: O Legado de Oito Anos de Inércia e Clientelismo”

Marcus Modesto

O ex-prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable,que permaneceu no cargo de 2016 a 2024, é amplamente criticado por diversos setores da sociedade, sendo considerado por muitos o pior prefeito da história recente da cidade. Apesar de ter sido reeleito e de seu grupo político ter se mantido no poder, o legado deixado por sua gestão é marcado por ineficiência administrativa, falta de inovação e uma série de promessas não cumpridas.

Durante seus dois mandatos consecutivos, o ex-prefeito não conseguiu transformar a cidade de Barra Mansa da maneira esperada. Em vez de promover o desenvolvimento urbano e social, muitos projetos ficaram estagnados, e as melhorias tão necessárias nas áreas de saúde, educação e infraestrutura não se concretizaram da forma como a população esperava. A cidade continuou a enfrentar problemas antigos, como a falta de saneamento básico, ruas esburacadas e uma saúde pública deficiente, sem que houvesse um plano concreto para reverter essas questões. A inércia administrativa foi um dos maiores pontos de crítica.

Além disso, a gestão do ex-prefeito ficou marcada pela perpetuação de práticas clientelistas e populistas, com um governo mais preocupado em manter sua base de apoio e garantir a reeleição do que em efetivamente resolver os problemas da cidade. O uso de recursos públicos para agradar grupos específicos e garantir votos foi amplamente denunciado, e isso gerou um ciclo de dependência política que enfraqueceu a democracia local. O prefeito parecia mais interessado em se manter no poder a qualquer custo do que em entregar resultados reais para a população.

Outro ponto negativo da administração foi a falta de renovação política. Durante os oito anos à frente da cidade, a gestão do ex-prefeito se manteve presa a velhos esquemas e práticas políticas ultrapassadas, sem espaço para a inserção de novas lideranças ou ideias inovadoras. Em vez de se empenhar em buscar alternativas para os problemas da cidade, ele se limitou a adotar medidas paliativas, sem enfrentar as questões estruturais que realmente impedem o desenvolvimento de Barra Mansa.

O fato de o atual prefeito também ser parte do mesmo grupo político é um reflexo da falta de alternância e da continuidade de um ciclo vicioso de poder, que impede a cidade de avançar. A renovação que a cidade tanto precisa, com novas perspectivas e uma gestão mais eficiente, parece longe de ser alcançada, e a eleição do sucessor do ex-prefeito indica que o modelo de administração fracassado pode se perpetuar. A cidade continua sem as transformações e melhorias que a população tanto almejava.