Bienal do Livro Rio 2025 transforma literatura em parque temático e celebra título de Capital Mundial do Livro
- Marcus Modesto
- 2 de jun.
- 3 min de leitura
Evento acontece entre 13 e 22 de junho no Riocentro, com atrações imersivas para todas as idades e foco na formação de novos leitores
O Rio de Janeiro se prepara para viver uma edição histórica da Bienal do Livro, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho no Riocentro, na Zona Oeste da cidade. Pela primeira vez, o evento adota o conceito de Book Park, um formato inédito que transforma a literatura em uma experiência sensorial, interativa e lúdica. A iniciativa faz parte das comemorações que conferem ao Rio o título de Capital Mundial do Livro 2025, concedido pela Unesco.
O objetivo é claro: fazer do livro o protagonista de uma jornada capaz de encantar públicos de todas as idades, especialmente crianças e jovens, por meio de atividades que vão além das tradicionais feiras literárias.
Leitura que vira brincadeira
De acordo com informações do portal g1, a proposta da Bienal deste ano é seduzir o público, especialmente o infantil e o juvenil, pela diversão. Quem visitar o Riocentro encontrará atrações como a Roda Gigante Leitura nas Alturas, o Escape Bienal e o Labirinto de Histórias, onde os visitantes literalmente atravessam túneis de livros, percorrem trilhas narrativas e interagem com personagens.
O maior destaque para os pequenos será a Biblioteca Fantástica, um espaço de 500 m², projetado para crianças de 4 a 8 anos. Sem paredes e repleto de cenários interativos, o ambiente propõe que os livros ganhem formas, sons e movimentos, transformando a leitura em uma verdadeira aventura sensorial.
Na Praça Além da Página, atividades ao ar livre reforçam a proposta de formação de leitores. Entre elas, no dia 17, o projeto Inventa Que Eu Desenho convida as crianças a criar personagens, enquanto ilustradores desenham ao vivo. Já no dia 16, a escritora Lavínia Rocha promove o encontro O Que Você Pensa Quando Falo África?, propondo uma imersão nas culturas do continente.
Jovens conectados entre livros e telas
A Bienal também aposta no público juvenil, com a programação do Curto-circuito, que une literatura e cultura digital. Os encontros ocorrem no Palco Apoteose, sempre nas manhãs dos finais de semana, reunindo influenciadores, autores e criadores de conteúdo.
Entre os nomes confirmados estão Iberê Thenório (Manual do Mundo), Maidy Lacerda, Janaina Tokitaka, além dos autores Gabriel Dearo e Manu Digilio, da série Aventuras de Mike. A atriz Letícia Braga e a escritora Mih Tanino participam do painel “Com O Que Sonham As Meninas?”.
Confira alguns destaques da programação do Curto-circuito:
• “Curiosidade Move o Mundo” – sábado (14/06), às 11h
• “Eu ❤️ Diários!” – domingo (15/06), às 11h
• “Ler É Uma Aventura!” – domingo (22/06), às 11h
O espaço também receberá autoras internacionais que fazem sucesso entre os leitores jovens, como as norte-americanas Lynn Painter (14/06, às 17h) e Alexene Farol Follmuth (15/06), além da canadense Brynne Weaver (22/06, às 17h). A brasileira Paula Pimenta, fenômeno editorial entre adolescentes, participa no dia 21/06, às 13h.
Tribos literárias e cultura pop
A Bienal se firma também como ponto de encontro das chamadas tribos literárias. Na Praça Além da Página, haverá desde o Torneio de Fantasias Literárias (14/06, às 17h) até o descontraído Karaokê Literário (20/06, às 17h30), passando pelo tradicional Papo Geek na Praça (18/06, às 17h30).
Para os apaixonados por quadrinhos e cultura pop, o evento reedita o espaço Artists Alley, sob curadoria do jornalista e editor Sidney Gusman, com 300 m² e 32 artistas, entre quadrinistas, roteiristas e ilustradores, interagindo diretamente com o público.
Mais que um evento, uma celebração da leitura
Com uma programação que combina literatura, tecnologia, cultura pop e experiências sensoriais, a Bienal do Livro Rio 2025 vai além da compra de livros ou dos tradicionais encontros com autores. O evento se consolida como um espaço onde ler é também brincar, criar e se conectar, reafirmando o compromisso do Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro e promovendo a literatura como um elo de transformação social e cultural.

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