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Bolsonaro Considera Fugir do Brasil em Meio a Acusações de Golpe

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 20 de fev.
  • 2 min de leitura

Na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se com aliados para discutir a possibilidade de deixar o país antes de uma possível condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado. O encontro ocorreu no apartamento funcional do líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em Brasília.


Durante a reunião, Bolsonaro reafirmou sua inocência e mencionou que, se tivesse cometido algum ato ilícito, já teria buscado asilo em países como Argentina ou Estados Unidos. Apesar das especulações, o ex-presidente garantiu que não pretende fugir do Brasil.


Além de abordar sua situação legal, Bolsonaro solicitou aos aliados que concentrem esforços na manifestação marcada para o dia 16 de março, no Rio de Janeiro, desencorajando mobilizações em outras cidades. Ele também sugeriu que o grito de “fora Lula” seja reservado para outra ocasião, orientando que os discursos nos trios elétricos na orla de Copacabana se concentrem no projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.


O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhar ao STF uma denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas, acusando-os de tentativa de golpe de Estado e conspiração para envenenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia inclui acusações de formação de organização criminosa armada com o objetivo de subverter a ordem democrática.


Bolsonaro nega as acusações e afirma que não está preocupado com elas. Se o STF aceitar a denúncia, o ex-presidente enfrentará julgamento e, se condenado, poderá pegar até 20 anos de prisão.


A situação aumenta a pressão sobre Bolsonaro em um momento crítico de sua trajetória política, especialmente considerando suas aspirações para as eleições presidenciais de 2026. Se condenado, além da pena de prisão, ele poderá ser impedido de concorrer a cargos públicos, conforme a “Lei da Ficha Limpa”, que ele próprio sancionou durante seu mandato.


Enquanto isso, aliados de Bolsonaro no Congresso buscam estratégias para modificar a legislação anticorrupção e aprovar leis de anistia que possam beneficiá-lo e a seus apoiadores. No entanto, tais mudanças exigem amplo apoio parlamentar, o que pode ser difícil de alcançar no atual cenário político.


A defesa de Bolsonaro tem duas semanas para responder às acusações antes que o STF decida se aceita a denúncia e inicia o julgamento. O desfecho desse processo poderá definir os rumos da política brasileira nos próximos anos.



 
 
 

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