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Bolsonaro descarta Cláudio Castro e impõe critério judicial para candidatos ao Senado em 2026

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Em articulação para fortalecer sua influência no Senado nas eleições de 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estabeleceu um novo critério para definir quais candidatos receberão seu apoio: estar livre de qualquer processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) ou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A diretriz foi revelada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.


A medida, segundo aliados, tem como objetivo formar uma base parlamentar alinhada não apenas ideologicamente, mas também juridicamente blindada, com foco em pautas de enfrentamento ao Judiciário. Entre os alvos dessa estratégia está o ministro Alexandre de Moraes, constante desafeto de Bolsonaro e de seu grupo político.


O novo filtro já produziu seu primeiro impacto no Rio de Janeiro: o governador Cláudio Castro (PL), que chegou a ser cogitado como possível nome para disputar uma vaga no Senado, perdeu espaço nas articulações. Apesar de as investigações por suspeitas de corrupção em seu governo terem sido arquivadas pelo ministro André Mendonça, do STF, a Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão, o que, para Bolsonaro, torna Castro um nome inviável.


No lugar de Castro, Bolsonaro passou a sinalizar apoio ao atual senador Carlos Portinho (PL-RJ), que tentará a reeleição. O ex-presidente quer evitar nomes que, segundo seus interlocutores, possam ser “suscetíveis à pressão de magistrados” e comprometer eventuais votações de interesse do bolsonarismo no Congresso.


A nova postura de Bolsonaro indica que seu projeto político passa não apenas pela sucessão presidencial, mas também por uma reconfiguração estratégica do Senado. A intenção é construir uma bancada fiel, capaz de apoiar medidas polêmicas, como pedidos de impeachment de ministros do STF ou mudanças constitucionais que limitem o poder do Judiciário.


Ao impor o critério de “ficha limpa” em cortes superiores, Bolsonaro tenta reforçar a imagem de integridade de sua base, ao mesmo tempo em que fecha o cerco contra adversários internos e evita desgastes que possam ser explorados por seus opositores durante a campanha.


 
 
 

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