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Bolsonaro foge da intimação mesmo internado, mas recebe aliado político no hospital

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a desafiar as instituições democráticas nesta terça-feira (23), ao se recusar a receber uma oficial de Justiça enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para notificá-lo da abertura de uma ação penal. Internado há dez dias na UTI do hospital DF Star, em Brasília, Bolsonaro é acusado de arquitetar uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2022.


A intimação é um passo fundamental para que o processo siga seu curso e o prazo de defesa comece a contar. No entanto, apesar da suposta fragilidade clínica, Bolsonaro teve disposição para se reunir no mesmo dia com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Na véspera, ainda conseguiu realizar uma live nas redes sociais — o que motivou o STF a concluir que havia, sim, condições de ser notificado.


“A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje”, afirmou a Corte em nota.


A estratégia de Bolsonaro é conhecida: vitimização, adiamento e teatralização. Enquanto os demais réus no processo — incluindo ex-ministros e assessores próximos — já foram formalmente notificados, o ex-presidente segue apostando na tentativa de evitar o avanço da Justiça com manobras e contradições.


O episódio escancara mais uma vez a postura antirrepublicana de Bolsonaro. Em vez de colaborar com as investigações, opta por desacreditar as instituições e tumultuar o processo judicial. O Brasil assiste, mais uma vez, a um ex-presidente que se esconde atrás de álibis médicos, enquanto tenta escapar das consequências legais por seus atos antidemocráticos.


A Justiça pode até ser paciente, mas não é cega. Mais cedo ou mais tarde, a intimação chegará — e com ela, o acerto de contas com a democracia.

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