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Bolsonaro pede anistia para ré do 8 de janeiro e volta a atacar Judiciário em ato na Paulista

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 6 de abr.
  • 2 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reunir apoiadores em um ato neste domingo (6), na avenida Paulista, em São Paulo, onde pediu anistia para os condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em seu discurso, Bolsonaro defendeu Débora Rodrigues, cabeleireira que ficou dois anos presa após pichar a estátua da Justiça no STF e que atualmente cumpre prisão domiciliar.


“Não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena não tão absurda por um crime que ela não cometeu”, afirmou. “Só um psicopata para falar que aquilo foi uma tentativa armada de golpe.”


Bolsonaro também criticou a Justiça brasileira por impor penas “a pessoas humildes, por um crime impossível” e chamou a situação da acusada de “suplício”. Em tom de provocação, disse que, se estivesse no Brasil em 8 de janeiro, teria sido preso naquela mesma noite.


O ex-presidente voltou a atacar o Judiciário, insinuando que a Corte favoreceu o presidente Lula nas eleições de 2022, e ironizou o uso do avião da Força Aérea Brasileira pelo ministro Alexandre de Moraes. “Tem que fazer que nem eu e viajar em voo de carreira”, alfinetou.


O discurso durou cerca de 25 minutos e foi marcado por declarações de autoexaltação e críticas aos seus adversários. “O que os canalhas querem não é me prender, é me matar. Eu sou um espinho na garganta deles”, disse, acrescentando que “só Deus explica” como chegou à Presidência.


O ato contou com a presença de sete governadores, incluindo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO). Bolsonaro acenou a Caiado, também declarado inelegível, e mostrou otimismo quanto ao futuro do Tribunal Superior Eleitoral sob a presidência de Kassio Nunes Marques, ministro indicado por ele ao STF.


Bolsonaro também citou o filho Eduardo Bolsonaro, elogiando sua fluência em idiomas e contatos internacionais, e demonstrou apoio a figuras da direita global como Donald Trump, Marine Le Pen e o presidente salvadorenho Nayib Bukele.


A manifestação na Paulista reuniu mais lideranças políticas do que o ato anterior, realizado em Copacabana, e reforçou o tom de pré-campanha do ex-presidente, que segue inelegível, mas ativo politicamente.


 
 
 

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