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Bolsonaro se prepara em São Paulo para depoimento decisivo ao STF sobre tentativa de golpe

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 6 de jun.
  • 2 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em São Paulo desde esta sexta-feira (6), onde passará o fim de semana hospedado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, a convite do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A estadia tem como foco a preparação para o depoimento que Bolsonaro prestará ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.


Durante sua permanência na capital paulista, o ex-presidente tem se reunido com sua equipe de defesa, liderada pelo advogado criminalista Celso Vilardi. As reuniões também contam com a presença de aliados políticos próximos, em um esforço concentrado para revisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e definir a estratégia de enfrentamento dos pontos mais sensíveis do processo.


Bolsonaro é acusado de articular uma conspiração para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após sua derrota nas urnas. A PGR o aponta como o principal líder de uma tentativa de ruptura institucional, que teria contado com apoio de militares, integrantes do governo anterior e aliados civis.


Antes de seguir para São Paulo, Bolsonaro participou de um evento do PL Mulher em Brasília, ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro. No encontro, o ex-presidente pediu que seus apoiadores acompanhem seu depoimento, que será transmitido ao vivo, e afirmou: “Não vou lacrar, apenas contar a verdade”.


O depoimento faz parte da fase final da investigação conduzida pelo STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Além de Bolsonaro, outros sete investigados prestarão depoimento ao longo da próxima semana. As oitivas das testemunhas de defesa foram concluídas recentemente.


A rodada de depoimentos será aberta por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso, que será ouvido já na segunda-feira (9). Cid entregou à Justiça mensagens, rascunhos de decretos e áudios que, segundo a PGR, comprometem diretamente o ex-presidente nas tratativas de um plano para anular as eleições e manter-se no poder.


O ambiente político em torno do depoimento de Bolsonaro é tenso e decisivo. O conteúdo do interrogatório poderá influenciar os próximos passos do STF, que deve avaliar se há elementos suficientes para transformar Bolsonaro em réu formal e abrir caminho para um julgamento por tentativa de golpe de Estado — um dos mais graves crimes contra a democracia previstos na Constituição.



 
 
 

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