top of page
Buscar

Braga Netto: O General e a Tentativa de Subverter a Democracia

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 14 de mar.
  • 2 min de leitura

A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve a prisão do general Walter Braga Netto, é mais do que uma mera formalidade judicial. Ela reflete um momento crítico para a democracia brasileira, um momento no qual as tentativas de subverter a ordem constitucional não podem ser tratadas com complacência. O ex-ministro da Defesa, acusado de ser um dos principais articuladores da tentativa de golpe contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, precisa ser responsabilizado por suas ações, não apenas como indivíduo, mas como alguém que ocupou uma posição de alta autoridade e deveria, portanto, ser um guardião da ordem democrática.


Braga Netto, ao longo de sua carreira militar, construiu uma imagem de homem disciplinado, focado na manutenção da estabilidade nacional. No entanto, as acusações que pesam sobre ele, de envolvimento direto em ações golpistas, contrastam fortemente com essa imagem. Ele teria financiado e apoiado ações ilegais para tentar impedir a posse legítima de um presidente democraticamente eleito. A gravidade das acusações não pode ser subestimada, pois, ao supostamente fomentar uma tentativa de golpe, Braga Netto se posiciona contra os próprios princípios que deveria proteger como um líder das Forças Armadas.


É ainda mais perturbador o fato de que, segundo as investigações da Polícia Federal e as revelações do tenente-coronel Mauro Cid, Braga Netto não agiu sozinho. Ele estaria coordenando uma rede de aliados, todos buscando minar a democracia e instalar um governo que não fosse o escolhido pelo povo nas urnas. Seu envolvimento, e o de outros membros de seu círculo íntimo, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, não pode ser tratado como um erro de julgamento ou uma simples falha administrativa. O que está em questão é o próprio alicerce da nossa democracia.


A tentativa de golpe não é um mero episódio isolado, mas parte de um movimento mais amplo de negação da soberania popular. E é nesse contexto que a prisão de Braga Netto se torna essencial não apenas para a justiça, mas para a preservação do Estado de Direito. Ele, que um dia esteve à frente das Forças Armadas, agora representa o risco de um retrocesso institucional que todos os brasileiros devem combater.


A postura de Braga Netto, ao que parece, foi a de colocar seus interesses e os de seus aliados acima da vontade popular. Ele usou seu cargo de influência para tentar manipular os rumos do país, agindo como se estivesse acima das leis. O julgamento que se aproxima no STF será crucial para mostrar se as instituições do Brasil têm a força de sustentar a democracia, mesmo quando confrontadas com figuras poderosas e com históricos de serviço público.


Portanto, a prisão de Braga Netto deve ser encarada como um passo necessário, mas não suficiente. As investigações precisam continuar, e ele deve ser responsabilizado de forma exemplar, para que outros que considerem desafiar a ordem democrática saibam que não estão acima da lei. A Justiça, neste caso, precisa ser implacável.




 
 
 

Σχόλια


bottom of page