Câmara de Barra Mansa: A dedetização que não dedetiza
- Marcus Modesto
- 21 de fev.
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Marcus Modesto
Cinco meses se passaram desde a última dedetização da Câmara Municipal de Barra Mansa e, como um roteiro de filme de terror de baixo orçamento, os velhos “moradores” parecem ter retornado com força total. Ratos e baratas — e não estamos falando apenas dos de anteninhas e rabos longos — seguem firmes e fortes, circulando livremente pelos corredores do poder.
A nova dedetização, agora realizada em tempo recorde, levanta uma questão urgente: será que o veneno usado foi homeopático? Ou, quem sabe, os intrépidos invasores desenvolveram resistência, como se fossem supervilões de um enredo político local?
Mais do que um problema sanitário, o verdadeiro incômodo talvez esteja na fauna simbólica que habita a casa legislativa. Afinal, tem rato que não precisa de focinho para roer os cofres públicos, e barata que não voa, mas se mantém grudada em cargos estratégicos com uma habilidade digna de estudo científico.
O mais curioso é que, apesar da insistente infestação, parece que ninguém se lembrou de chamar o verdadeiro dedetizador que a população tanto gostaria de ver atuando por lá: o Ministério Público. Uma visita desse tipo poderia ser mais eficiente que qualquer inseticida — e, quem sabe, eliminaria não só os insetos de seis patas, mas também aqueles com colarinhos engomados e discursos cheios de promessas vazias.
Enquanto isso, a dedetização continua, e os cidadãos de Barra Mansa seguem acompanhando, entre ironias e desabafos, o verdadeiro espetáculo da natureza política local. Porque, no fim das contas, eliminar ratos e baratas de verdade parece ser a parte mais fácil desse processo

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