Censura velada em Barra Mansa: Secretaria de Comunicação silencia O Sul Fluminense
- Marcus Modesto
- 14 de mai.
- 2 min de leitura
O jornalismo livre, regional e independente vem enfrentando uma situação lamentável e sintomática da forma como a atual gestão de Barra Mansa lida com a imprensa: o site O Sul Fluminense simplesmente deixou de receber os releases oficiais enviados pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura, comandada pelo jornalista Diego Rafide.
Após a interrupção no envio dos materiais, buscamos esclarecimentos. A resposta de Rafide foi evasiva: tratava-se, segundo ele, de um “problema com o e-mail”. No entanto, semanas se passaram e nada mudou. A verdade é que o problema não é técnico — é político. Trata-se de uma forma dissimulada de censura, uma tentativa de cortar o acesso à informação de um veículo que, com independência, não se submete à linha editorial chapa-branca que alguns setores do governo municipal parecem exigir.
Esse tipo de conduta — omitir informações de interesse público a um veículo específico — é incompatível com qualquer regime democrático e configura uma afronta direta à liberdade de imprensa. É também um desrespeito à população de Barra Mansa, que tem o direito de ser informada por meios diversos e não apenas pelos canais oficiais ou pela mídia “amiga” da gestão.
Diego Rafide, jornalista de formação, deveria ser o primeiro a entender a gravidade do que representa selecionar quem recebe ou não informações públicas. Sua postura à frente da comunicação institucional da cidade expõe um despreparo inadmissível e um autoritarismo silencioso, mas não menos preocupante.
A comunicação pública não é propriedade de quem está no cargo — é um serviço à população, que deve ser prestado com transparência, pluralidade e respeito à imprensa, goste-se ou não da linha editorial do veículo.
Não aceitaremos ser silenciados. Continuaremos fazendo jornalismo crítico, ouvindo todas as vozes e denunciando toda tentativa de transformar a comunicação pública em ferramenta de propaganda política. Censura, mesmo velada, não passará em silêncio.
Foto Redes sociais

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