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Chuvas expõem fragilidades da infraestrutura de Volta Redonda

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 27 de jan.
  • 2 min de leitura

As fortes chuvas que atingiram Volta Redonda no fim de semana evidenciaram, mais uma vez, a vulnerabilidade da cidade diante de eventos climáticos extremos. A Prefeitura anunciou uma força-tarefa para lidar com os impactos e reforçar ações preventivas, mas a recorrência de alagamentos, deslizamentos e quedas de árvores levanta um questionamento inevitável: até quando a população será refém de medidas emergenciais, em vez de soluções estruturais de longo prazo?


Respostas rápidas, mas insuficientes


Segundo a Defesa Civil, o município registrou 28 ocorrências entre sábado (25) e domingo (26), com interdições preventivas nos bairros Açude e Padre Josimo. Além disso, o Rio Paraíba do Sul subiu 1,85m acima do nível normal, enquanto a represa de Furnas opera com apenas 30% da capacidade. A prefeitura mobilizou equipes para remoção de barro e árvores caídas, limpeza de vias e desobstrução de bueiros.


Embora essas ações sejam essenciais, a realidade é que os mesmos problemas se repetem a cada período chuvoso. Pontos críticos como a Avenida Francisco Antônio Francisco, no bairro Açude, continuam sofrendo com acúmulo de lama, evidenciando falhas no sistema de drenagem.


Prevenção ainda é falha


O coordenador da Defesa Civil, Rubens Siqueira, enfatizou a importância de medidas preventivas, como evitar construções irregulares, respeitar os dias de coleta de lixo e não obstruir bueiros. No entanto, a responsabilidade não pode recair apenas sobre a população. Cabe ao poder público fiscalizar ocupações irregulares, investir em infraestrutura urbana e garantir que redes de drenagem e canais de escoamento estejam preparados para o volume de chuvas esperado.


A necessidade de um sistema de alerta eficiente também se impõe. O cadastramento de moradores para receber avisos via SMS é positivo, mas será suficiente diante da gravidade dos eventos climáticos? É preciso ampliar o monitoramento de áreas de risco e garantir que a informação chegue rapidamente a todos os cidadãos.


Água: um problema recorrente


Outro reflexo da chuva foi a interrupção no abastecimento de água. A queda de energia afetou a operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Belmonte e outros sistemas, prejudicando bairros como Roma, Vila Americana e Voldac. O Saae-VR afirma que a normalização do abastecimento será gradual, mas a situação escancara a fragilidade da estrutura hídrica da cidade, que frequentemente entra em colapso diante de adversidades climáticas.


Até quando?


A Prefeitura de Volta Redonda demonstra capacidade de resposta em emergências, mas a questão central permanece: quando a cidade verá um planejamento eficaz que reduza o impacto das chuvas? O enfrentamento dos problemas estruturais exige investimentos contínuos e planejamento a longo prazo. Sem isso, a população continuará refém da chuva, da lama e da falta d’água – e a cada novo temporal, a história se repetirá.


Foto PMVR


 
 
 

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