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Com apoio firme a Washington Reis, Eduardo Paes se destaca enquanto Castro se isola em meio a crise política no Rio

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 9 de jun.
  • 3 min de leitura

Em meio a um governo estadual cada vez mais tensionado e marcado por sinais de desgaste interno, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez nesta segunda-feira (9) uma declaração que repercutiu fortemente nos bastidores da política fluminense: garantiu que “sempre vai estar junto” de Washington Reis, secretário estadual de Transportes, mesmo diante do afastamento visível entre Reis e o governador Cláudio Castro.


A fala de Paes ocorreu durante a apresentação do projeto de expansão do metrô — evento importante que reuniu ministros e prefeitos da Região Metropolitana, mas não contou com a presença de Castro, convidado e ausente. O gesto foi lido como um novo episódio da crise que se aprofunda entre o governador e setores do próprio governo.


Ao lado de Reis, o prefeito do Rio deixou claro que a relação entre os dois é construída em confiança e lealdade mútua — algo cada vez mais raro no atual cenário político estadual. Paes relembrou o apoio de Washington Reis durante sua candidatura ao governo em 2018 e afirmou que a parceria “é antiga” e estratégica. Mais do que palavras, o gesto de apoio é visto como um recado direto a Castro: a base política está se reconfigurando, e Paes caminha para ocupar um espaço que o governador tem perdido por erros de articulação e falta de liderança.


Castro perde o controle sobre sua própria base


A crise envolvendo o anúncio unilateral da tarifa unificada de R$ 4,70 no transporte público — feita por Reis sem o aval de Castro — expôs a fragilidade da liderança do governador. Em vez de agir com firmeza e compor com seus aliados, Castro preferiu o caminho da omissão e da retaliação, desgastando ainda mais seu grupo político.


Nos bastidores, cresce a avaliação de que Cláudio Castro perdeu o protagonismo sobre áreas estratégicas do governo e já não comanda com coesão a própria base na Alerj. Sua aposta em Rodrigo Bacellar para a sucessão em 2026 é vista com reservas por aliados históricos, que consideram Bacellar um nome sem capilaridade eleitoral fora da Assembleia. Enquanto isso, Washington Reis, ao lado de Paes, constrói alianças em campo aberto, com musculatura política e presença consolidada na Baixada Fluminense — uma das regiões mais decisivas nas eleições estaduais.


Além disso, a nomeação de Thiago Pampolha para o Tribunal de Contas do Estado acirrou as tensões e reorganizou a linha de sucessão no Palácio Guanabara, abrindo ainda mais brechas para disputas internas. O vácuo de liderança de Castro tem sido ocupado por prefeitos e secretários que, como Reis, mostram iniciativa e poder de articulação muito superior ao do governador.


Paes avança com serenidade onde Castro tropeça


Enquanto Cláudio Castro se enreda em disputas internas, ausências simbólicas e decisões titubeantes, Eduardo Paes avança com planejamento, capital político e alianças consistentes. O apoio firme a Washington Reis, feito de forma pública e direta, mostra que o prefeito do Rio está disposto a exercer liderança estadual, ainda que o cargo que ocupe hoje seja municipal.


Em tempos de incerteza política, Paes se apresenta como figura de estabilidade e coerência, enquanto Castro se isola, enfraquecido por decisões erráticas e por um estilo de gestão que prioriza o controle partidário à governabilidade.


O cenário de 2026 começa a ser desenhado agora. E, ao que tudo indica, o Rio pode estar cansado de improviso e omissão. O gesto de Paes pode ter sido o primeiro movimento de uma nova ordem política no estado — com ou sem o Palácio Guanabara.



 
 
 

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