Comandante do Exército Visita General Braga Netto na Prisão
- Marcus Modesto
- 8 de fev.
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Na última sexta-feira (7), o comandante do Exército, general Tomás Paiva, realizou uma visita ao general da reserva Walter Braga Netto, atualmente detido em uma cela na zona oeste do Rio de Janeiro. A visita, que durou cerca de 15 minutos, teve o objetivo de verificar a saúde do general, a situação de sua família e garantir que ele tenha acesso à defesa.
Durante sua passagem pela capital fluminense, Paiva, que costuma se reunir com militares presos, fez questão de acompanhar de perto a situação de Braga Netto. Atualmente, ele é o único militar detido na Vila Militar, e, segundo informações, não apresentou queixas ao comandante, mantendo a tranquilidade, apesar de não concordar com sua prisão.
Braga Netto está detido há mais de 50 dias. Ele faz parte de um grupo de 15 oficiais e 82 praças que estão em prisão no Brasil, seja cumprindo condenações ou preventivamente. Sua detenção é inédita, dada sua alta patente e o histórico de experiência em situações de tensão. A prisão do general está relacionada a uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado, em que ele teria incitado críticas a militares legalistas, gerando divisões dentro da caserna. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou sua prisão, após concordar com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República, que apontaram que Braga Netto tentou obstruir a investigação ao buscar informações sobre a delação premiada de Mauro Cid.
Antes de ser preso, o general foi chamado a depor, mas optou por permanecer em silêncio. Após sua detenção, ele trocou de advogado, e sua defesa solicitou uma nova oitiva. Braga Netto já foi indiciado por tentativa de golpe e organização criminosa, e a PGR deve apresentar uma denúncia contra ele ainda este mês, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente, o general encontra-se em uma cela adaptada, com comodidades como televisão e ar-condicionado, e tem o direito de receber visitas de familiares e advogados em dias específicos. Sua prisão preventiva será reavaliada pelo juiz responsável após 90 dias, conforme o Código de Processo Penal.

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