Conselho de Cultura de Barra Mansa segue inoperante apesar de fóruns e discursos oficiais
- Marcus Modesto
- 31 de ago.
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Barra Mansa sediou neste sábado (30) mais um Fórum e Conferência de Cultura, promovidos pela Fundação Cultura em parceria com o Conselho Municipal de Cultura. O evento, realizado no CEI Saturnina, reuniu artistas e agentes culturais com o objetivo de debater propostas e eleger novos representantes. Mas, para quem acompanha de perto a realidade cultural da cidade, a sensação é de repetição: muito discurso, pouca prática.
Nos últimos anos, o Conselho de Cultura de Barra Mansa pouco ou nada apresentou em termos concretos. Criado para ser um espaço de participação social e elaboração de políticas públicas, acabou se tornando um órgão burocrático, limitado a reuniões formais e eleições de representantes que, em grande parte, não conseguem transformar debates em ações efetivas.
Enquanto discursos oficiais falam em “fortalecimento dos laços” e em “aprovação de calendários”, artistas locais denunciam a falta de incentivo real. Projetos independentes seguem sem apoio, espaços culturais permanecem fechados ou sem manutenção, e a cidade não consegue consolidar uma agenda que valorize de fato sua produção artística. O contraste entre a retórica e a prática é gritante.
Na abertura do encontro, autoridades exaltaram a importância da participação democrática. No entanto, a comunidade cultural de Barra Mansa convive diariamente com a ausência de políticas públicas consistentes, a escassez de editais de fomento e a paralisia do próprio Conselho, que deveria ser um instrumento de ação e não apenas de formalidade.
Se a cultura da cidade sobrevive, é muito mais pela resistência de seus fazedores do que pela atuação das instituições que deveriam apoiá-la. O Fórum e a Conferência poderiam marcar um ponto de virada. Mas, a julgar pela inércia histórica do Conselho de Cultura, a expectativa de mudança continua sendo apenas promessa.
Foto Divulgação




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