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Corredor Cultural de Barra Mansa é palco de ação em defesa das mulheres negras

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura

Evento integrou saúde, cultura, autoestima e direitos humanos em uma programação que celebrou a resistência e o protagonismo feminino negro


O Corredor Cultural de Barra Mansa foi transformado, nesta quarta-feira (30), em um espaço de acolhimento, cuidado e afirmação da identidade negra feminina. A ação ‘Mulheres Negras – Compromisso com a Cidadania’, organizada pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos em parceria com a Fundação Cultura e a Gerência de Promoção da Igualdade Racial (Gepir), promoveu uma série de atividades voltadas à valorização das mulheres negras e ao combate das desigualdades históricas que as atingem.


Oficinas de tranças e cortes de cabelo, serviços de saúde como aferição de pressão, vacinação e testes de glicose, feira de livros, exposição de artesanato e até roda de capoeira fizeram parte da programação. O evento teve apoio da Nova UBM, do Instituto Embelleze e da Cruz Vermelha, além de contar com um espaço de memória dedicado às conquistas das mulheres negras na sociedade.


A proposta dialoga diretamente com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, e resgata a importância de manter vivo o debate sobre equidade racial, cidadania e empoderamento. Mais do que prestar serviços, o evento se apresentou como um ato simbólico e necessário de reparação histórica.


Para a subsecretária Fernanda Mamede, a ação reflete o esforço contínuo da gestão pública em ampliar o acesso às políticas sociais e promover o protagonismo feminino. Já a coordenadora do Centro PIR e do Centro de Referência LGBTQIA+, Luena Lage, destacou que descentralizar esses serviços é fundamental para aproximar a rede de proteção da população que mais precisa.


O evento reforça a importância de ocupar os espaços públicos com propostas que vão além do assistencialismo. Trata-se de criar pontes entre identidade, dignidade e cidadania. E, em uma sociedade que ainda carrega marcas profundas do racismo estrutural, ações como essa não são apenas bem-vindas — são urgentes.


Livros em movimento: ‘Pegue e Leve’ incentiva leitura e reuso


Paralelamente à programação, o Corredor Cultural também recebeu mais uma edição da feira literária ‘Pegue e Leve’, iniciativa que disponibiliza gratuitamente livros do acervo da Biblioteca Municipal. A proposta é simples: levar conhecimento adiante e dar nova vida a exemplares que, de outra forma, estariam esquecidos ou descartados.

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Com o apoio da Fundação Cultura, a ação já se consolidou como uma ferramenta de democratização da leitura, especialmente em tempos de retrocessos educacionais e desvalorização do livro físico. Ao facilitar o acesso e estimular o reuso, a feira reafirma o papel do poder público na preservação cultural e ambiental.


Eventos como esses, integrados e simbólicos, apontam caminhos possíveis para uma cidade mais justa, plural e consciente de sua diversidade. Afinal, cultura também é política pública — e cidadania, quando compartilhada, se fortalece.


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