Crise do metanol completa um mês com mortes em várias regiões do país
- Marcus Modesto
- 27 de out.
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A crise do metanol completa um mês nesta segunda-feira (26), sem que as autoridades tenham identificado com precisão a origem da adulteração de bebidas alcoólicas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Até agora, 15 mortes foram confirmadas em São Paulo, Pernambuco e Paraná, enquanto 58 casos de intoxicação foram registrados e outros 50 seguem sob investigação.
São Paulo concentra o maior número de ocorrências, com 44 casos confirmados e 14 em análise. Na capital, quatro bares permanecem interditados, e bairros como Cidade Dutra, Mooca e Sacomã registram maior número de intoxicações, incluindo quatro mortes.
As investigações apontam para uma fábrica clandestina de bebidas que recebia etanol adulterado de dois postos de combustíveis em São Bernardo do Campo e Santo André. A responsável pela fábrica foi presa, e os estabelecimentos suspeitos autuados. Até o momento, não há indícios de envolvimento de facções criminosas.
O metanol, usado industrialmente em produtos como anticongelante e limpadores de para-brisa, é altamente tóxico e pode causar cegueira, coma e morte mesmo em pequenas quantidades. Sintomas iniciais incluem dor abdominal intensa, tontura, visão turva e confusão mental.
Em resposta à crise, o Ministério da Saúde importou 2.500 ampolas de fomepizol, antídoto específico para intoxicação por metanol, e reforçou que o atendimento médico imediato é essencial. As autoridades também recomendam que consumidores evitem destilados artesanais ou de procedência desconhecida.




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