Crise na educação de Barra Mansa: criança autista fica sem aula e pais recorrem às redes sociais para pedir socorro
- Marcus Modesto
- 30 de mai.
- 2 min de leitura
O caos na educação pública de Barra Mansa atinge um nível vergonhoso e inaceitável. Em um apelo emocionado, os pais do pequeno Pedrinho, uma criança autista, denunciam que ele ficou praticamente a semana inteira sem frequentar a escola. Segundo eles, o garoto conseguiu ir à aula apenas um único dia, evidenciando o total abandono da educação inclusiva no município.
“Pedrinho tem autismo, precisa de rotina, de acompanhamento, de estar na escola. Mas infelizmente, nesta semana, ele só pôde ir uma vez. Estamos desesperados”, relatam os pais.
O vídeo, que circula nas redes sociais, é um grito de socorro. A família já tentou todas as vias possíveis, sem retorno da prefeitura, da Secretaria Municipal de Educação ou do próprio prefeito Luiz Furlani.
⚠️ Abandono da educação inclusiva
O caso de Pedrinho revela um problema ainda mais grave: o descaso absoluto com crianças com deficiência. Em vez de encontrar uma rede de apoio, acolhimento e inclusão, Pedrinho e sua família se deparam com portas fechadas, silêncio e negligência.
Crianças autistas precisam de rotina, acompanhamento especializado, estrutura e profissionais capacitados. O que a gestão de Barra Mansa entrega? Ausência de planejamento, falta de profissionais e total desrespeito às famílias.
Barra Mansa no fundo do poço educacional
Enquanto o prefeito se dedica às redes sociais e faz da comunicação institucional um palco de propaganda, a realidade nas escolas é de abandono. Faltam professores, faltam mediadores, faltam profissionais de apoio e sobra descaso.
Barra Mansa, que já amarga indicadores socioeconômicos abaixo da média do Sul Fluminense, agora coleciona também episódios de desmonte da educação pública, especialmente da educação inclusiva.
Quando o direito é negado, o crime é institucional
O que está acontecendo não é só negligência — é violação de direitos. A Constituição Federal, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência são claros: é obrigação do poder público garantir acesso pleno e condições adequadas de aprendizagem para alunos com deficiência, incluindo crianças autistas.
Negar esse direito não é só imoral — é ilegal.
Até quando?
Até quando crianças como Pedrinho precisarão ser expostas nas redes sociais para terem acesso àquilo que é básico e garantido por lei? Até quando a Prefeitura de Barra Mansa vai fingir que está tudo bem, enquanto as famílias vivem o colapso da educação pública?
O que está em jogo não é só uma vaga na escola. É o desenvolvimento, a dignidade e o futuro de uma criança. É um direito. E não há desculpa, não há narrativa de crise que justifique o que está acontecendo.
Cobrança às autoridades
O jornalismo cumpre aqui seu papel: dar voz aos invisíveis e cobrar de quem ocupa cargo público que cumpra seu dever. A sociedade exige respostas do prefeito Luiz Furlani, da secretária de Educação Luciana Alves e de toda a gestão municipal.
O caso de Pedrinho não pode ser ignorado. E não vai ser esquecido.
Foto Reprodução

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