Cruz original da primeira missa no Brasil chega ao Rio de Janeiro para celebração histórica

A cruz original usada na primeira missa celebrada em território brasileiro, há 525 anos, estará no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (17), como parte das comemorações do evento “Brasil com fé – celebrando os 525 anos da primeira missa no Brasil, Terra de Santa Cruz”. A peça, de cerca de 40 centímetros e feita de ferro fundido, será apresentada durante a Missa do Crisma, presidida pelo cardeal Orani João Tempesta, às 9h, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro da cidade.

A cruz, sem ornamentos e de origem portuguesa, chegou ao Brasil no dia 26 de abril de 1500, acompanhada pelos frades franciscanos que viajaram com a expedição de Pedro Álvares Cabral. Ela foi utilizada na celebração da primeira missa realizada na então recém-descoberta terra, na Praia de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia. A missa foi conduzida por Frei Henrique de Coimbra e marcou o início da presença católica no Brasil, reunindo navegadores portugueses e representantes dos povos originários.

A peregrinação da cruz é promovida pelo movimento Brasil com Fé, em parceria com o Santuário Cristo Redentor, da Arquidiocese do Rio, e o Instituto Redemptor. O movimento, criado há cerca de quatro anos, busca defender a fé e a liberdade religiosa, além de incentivar o turismo religioso no Brasil. Segundo os organizadores, a iniciativa tem como objetivo celebrar o marco histórico, aproximar a fé de brasileiros de diferentes crenças e promover o diálogo inter-religioso.

Após a missa no Rio de Janeiro, a cruz seguirá para outras cidades brasileiras, com um roteiro que inclui Porto Alegre (18/4), Maricá e novamente Rio de Janeiro (19/4), Brasília (21 e 22/4), Belém (23 e 24/4), Salvador (25/4), e finalizará em Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro no dia 26/4, data da celebração oficial dos 525 anos da primeira missa. A cruz retornará a Braga, em Portugal, no dia 27 de abril.

A cruz é considerada um símbolo de fé, memória e união, conectando o passado e o presente, sendo um dos marcos das tradições religiosas mais antigas do Brasil.