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CSN segue sob pressão por riscos ambientais em Volta Redonda, mesmo após redução de escórias

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 14 de abr.
  • 2 min de leitura

Apesar de avanços pontuais, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) continua sob intensa vigilância por possíveis impactos ambientais causados pelo seu pátio de escória, em Volta Redonda. No último fim de semana, integrantes das Comissões de Saneamento Ambiental e de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), acompanhados por técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizaram nova vistoria no local, situado no bairro Brasilândia — uma área sensível por estar próxima à BR-393 e ao Rio Paraíba do Sul.


O local, historicamente alvo de críticas e ações judiciais, voltou ao centro do debate ambiental regional. Embora tenha havido uma redução nas pilhas de escória, a estrutura continua gerando apreensão entre moradores e especialistas. A visita incluiu inspeção na Estação de Tratamento de Águas (ETA), responsável por neutralizar o pH da água da chuva que escorre das pilhas antes de atingir o rio — um paliativo que ainda não resolve o problema de forma estrutural.


O deputado estadual Jari Oliveira, que preside a Comissão de Saneamento Ambiental, afirmou que, apesar dos esforços aparentes da empresa, o cenário ainda inspira cuidados. “As pilhas estão diminuindo, mas não ao ponto de tranquilizar a população. Seguiremos cobrando até que a CSN atenda plenamente às determinações da Justiça”, disse o parlamentar, reconhecendo a pressão social que motiva a continuidade das fiscalizações.


A CSN apresentou dados técnicos e promessas de investimento, mas, na prática, as pilhas de escória continuam próximas ao leito do rio — o que motivou nova cobrança de Oliveira. Mesmo com laudos do Governo Federal que minimizam o risco de desmoronamento, a proximidade entre resíduos industriais e o principal rio da região permanece um ponto crítico.


Desde 2022, a Alerj mantém visitas frequentes à área, mas a morosidade na solução definitiva do problema ambiental levanta dúvidas sobre o real compromisso da siderúrgica com a mitigação de danos. A promessa de novos investimentos, por enquanto, ainda é apenas isso: promessa.


Enquanto isso, moradores dos bairros vizinhos seguem convivendo com a incerteza e o receio de que o legado industrial da CSN continue comprometendo a saúde ambiental de Volta Redonda e de todo o Médio Paraíba Fluminense.




 
 
 

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