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Declaração de advogado de Mauro Cid intensifica embate entre defesa e PGR

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 16 de jun.
  • 2 min de leitura

O nome de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, voltou a movimentar os bastidores da política neste fim de semana. O motivo foi uma declaração contundente de seu advogado, Cezar Bitencourt, em resposta ao pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR): “Dane-se o PGR”, disse Bitencourt à Folha de S.Paulo, num ataque direto ao procurador-geral Paulo Gonet.


A nova crise gira em torno da viagem da esposa e dos filhos de Mauro Cid aos Estados Unidos. Para a PGR, o embarque da família representa um indício de tentativa de fuga. A suspeita ganhou força após a inclusão, no pedido de prisão encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), de informações sobre uma suposta articulação do ex-ministro do Turismo Gilson Machado — aliado próximo de Bolsonaro — para viabilizar um passaporte português para Cid.


Com base nessas suspeitas, a Polícia Federal chegou a realizar uma operação com mandado de prisão contra o militar. No entanto, ao chegar à residência de Cid, os agentes foram informados de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia revogado a ordem momentos antes da ação.


A resposta da defesa não poupou críticas. Bitencourt afirmou que a ida da família ao exterior é um direito legítimo e que Mauro Cid “não deve explicações à Justiça”. Para ele, o processo não pode interferir na vida pessoal de seu cliente. “A vida do Cid segue indiferente à existência do processo”, declarou.


Enquanto isso, Gilson Machado chegou a ser preso preventivamente no Recife, mas foi liberado horas depois. Já a situação de Cid segue em análise pelo Supremo, mantendo aceso o embate entre os investigados do entorno bolsonarista e os órgãos de investigação.


O episódio reacende o debate sobre os limites da liberdade de locomoção de investigados, o alcance das medidas judiciais e os indícios de que parte do grupo político de Bolsonaro estaria buscando rotas de saída do país em meio ao avanço das investigações.



 
 
 

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