Defesa Civil de Paraty e o inadmissível discurso da surpresa
- Marcus Modesto
- 23 de set.
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A declaração do secretário de Defesa Civil de Paraty de que a falta de alerta à população ocorreu por “surpresa” ou “falta de aviso” é inaceitável. Um órgão criado para proteger vidas não pode se eximir da responsabilidade justamente quando mais se precisa dele.
A Defesa Civil não existe apenas para reagir aos desastres depois que eles acontecem. Sua função central é prevenir, monitorar riscos e orientar a população. Dizer que o fenômeno foi inesperado é admitir que não houve planejamento, que não houve preparo, que se deixou a cidade vulnerável ao acaso.
A cada novo episódio de chuvas intensas e deslizamentos, o que se espera é um sistema mais eficiente de monitoramento, alertas rápidos e protocolos claros. O argumento da surpresa soa como descaso diante do sofrimento de moradores que perdem bens, segurança e, em muitos casos, a própria vida.
O improviso não pode ser regra em um município sujeito a desastres naturais recorrentes. A Defesa Civil de Paraty precisa assumir sua responsabilidade: prevenir tragédias é obrigação, não opção.




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