Demora no atendimento da Enel revolta moradores após ventania em Paraty
- Marcus Modesto
- 10 de set.
- 2 min de leitura
Os fortes ventos que atingiram Paraty na última terça-feira (9) deixaram um rastro de transtornos, mas a maior indignação da população ficou por conta da demora da Enel em restabelecer o fornecimento de energia elétrica. Registros de ocorrência e relatos de moradores apontam que bairros inteiros ficaram horas no escuro, enquanto a concessionária pouco se mobilizou para dar respostas imediatas.
No Corisco e Corisquinho, por exemplo, famílias permaneceram sem energia das 17h de terça até às 3h da madrugada desta quarta-feira (10). A queda de um cabo de alta tensão, causada pelas rajadas de vento, só foi resolvida após quase 10 horas de espera — um período considerado inaceitável por quem depende do serviço básico.
Em outras localidades, como Estrada da Colônia, Barra Grande, Taquari e Graúna, a situação foi semelhante: postes caídos, fios expostos e comunidades inteiras no escuro sem qualquer previsão precisa de restabelecimento. Enquanto isso, em áreas centrais como o Centro Histórico, o fornecimento oscilava constantemente, gerando insegurança para comerciantes e moradores.
A Enel, mais uma vez, demonstra fragilidade em sua atuação diante de ocorrências climáticas. Embora eventos como quedas de árvores e rompimento de cabos sejam inevitáveis, a lentidão na resposta expõe a falta de estrutura da empresa e reforça a sensação de abandono da população.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) já havia emitido alerta de ventos costeiros para a região, o que deveria ter preparado a concessionária para agir de forma preventiva e com equipes de prontidão. O que se viu, porém, foi uma reação tardia, marcada por improviso e longas horas de espera.

A cada nova crise, cresce a insatisfação com a Enel e sua incapacidade de oferecer um serviço à altura do que é pago pelos consumidores. A energia elétrica é essencial, e o que aconteceu em Paraty escancara a necessidade urgente de maior fiscalização, cobrança e, sobretudo, respeito ao cidadão.



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