Deputada Luciene Cavalcante aciona AGU e PGR contra declarações de Nikolas Ferreira sobre professores
- Marcus Modesto
- há 8 horas
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A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que adotem medidas contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), após declarações do parlamentar em programa da Jovem Pan que, segundo ela, são caluniosas e atentam contra a comunidade escolar. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Em entrevista, Nikolas afirmou que professores estariam exibindo vídeos pornográficos em sala de aula e incentivando alunos a participarem de práticas eróticas em troca de notas. “A gente tem visto um monte de professor colocando vídeo pornográfico dentro de sala de aula, de professor usando da sua posição hierárquica para poder colocar conteúdos eróticos dentro de sala de aula, professor inclusive que fez alunos se beijarem, né? Para poder ter pontos dentro da sua matéria”, disse o parlamentar.
Para Luciene Cavalcante, as falas configuram crimes contra a honra, difamação e incitação à violência, além de disseminar desinformação sobre a educação brasileira. “Declarações desse tipo, em um contexto de frequentes ataques a escolas, podem incentivar indivíduos extremistas a praticarem atos violentos contra educadores e instituições de ensino”, argumenta a deputada.
No pedido enviado às autoridades, Luciene solicita que a AGU ajuíze ação por reparação de danos à imagem da educação e responsabilização do deputado, enquanto a PGR seja acionada para investigar crimes contra a honra e incitação à violência. A parlamentar também recorreu aos ministérios da Justiça, da Educação e dos Direitos Humanos, pedindo medidas como campanhas de conscientização sobre respeito aos professores, reforço da segurança escolar, elaboração de nota técnica e abertura de inquérito para apurar possíveis conexões com grupos extremistas.
O episódio reforça a preocupação com o aumento de ataques à educação e à integridade de profissionais da área, colocando em xeque a responsabilidade de autoridades públicas ao disseminarem informações falsas e prejudiciais à comunidade escolar.
