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Deputadas denunciam racismo durante revista no Aeroporto de Guarulhos

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 12 de abr.
  • 2 min de leitura

Parlamentares voltavam do México após participação em evento internacional de mulheres negras na política


Três deputadas estaduais — Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG) — registraram um boletim de ocorrência nesta sexta-feira (11), denunciando terem sido vítimas de racismo durante uma revista da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.


As três parlamentares, todas mulheres negras, relataram que foram as únicas selecionadas para uma abordagem na área de desembarque, entre centenas de passageiros que retornavam ao país. Elas integravam a delegação brasileira que participou do Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas, realizado no Senado do México.


Em suas redes sociais, a deputada Andreia de Jesus afirmou que a seleção foi discriminatória: “O motivo nós já sabemos. É a lógica do ‘suspeito padrão’ que continua operando com as pretas e pretos.” Ela classificou o episódio como constrangedor e afirmou que seguirá denunciando o racismo institucional.


A deputada Leninha também se manifestou nas redes e reforçou o relato da colega. Segundo ela, nenhuma outra pessoa próxima foi revistada. “Não é coincidência. É padrão. É a cor da nossa pele sendo lida como ‘suspeita’ em um país que ainda normaliza a violência racial disfarçada de protocolo”, afirmou.


Já a deputada Ediane Maria resumiu a situação de forma direta: “De todos que estavam na fila, só nós, três mulheres negras, que fomos escolhidas.”


As parlamentares formalizaram a denúncia na Delegacia da Polícia Civil do próprio aeroporto e exigem uma apuração rigorosa do caso.


A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal e com a administração do Aeroporto de Guarulhos, mas até o momento não houve resposta sobre os procedimentos adotados ou sobre os critérios de seleção para revistas no desembarque.


As denúncias reacendem o debate sobre abordagens discriminatórias em espaços públicos e o tratamento racialmente desigual em procedimentos de segurança no Brasil.


 
 
 

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