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Desigualdade de gênero ainda é realidade no mercado de trabalho, revela pesquisa

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 11 de abr.
  • 2 min de leitura

Uma pesquisa realizada pela plataforma de recrutamento Infojobs acendeu um sinal de alerta sobre o ambiente profissional para as mulheres. Segundo o levantamento, 72% das mulheres acreditam que não têm as mesmas oportunidades que os homens em suas carreiras. Além disso, 67% afirmam que a maternidade e fatores externos ainda influenciam negativamente tanto na hora da contratação quanto nas chances de promoção.


Para a especialista em gestão de pessoas Chai Carioni, essa realidade está longe de ser novidade. Com 20 anos de experiência no setor, sendo 15 deles em cargos de liderança em uma grande instituição financeira, ela relata que sempre sentiu o peso da desigualdade.


— Eu carregava um piano mais pesado, sim, mas foi com postura e protagonismo que compreendi uma verdade: apesar do abismo, a mulher carrega uma força única — afirma.


Chai destaca que os obstáculos enfrentados por mulheres líderes continuam visíveis em suas mentorias. Entre os principais desafios, estão o foco ainda excessivo na presença física em vez do desempenho, a ausência de um posicionamento estratégico, o medo de parecerem “exageradas” e a leitura errônea da comunicação emocional como fraqueza.


Ylana Miller, CEO da Yluminarh e especialista em liderança feminina, aponta que a equidade de gênero só será alcançada com ações concretas dentro das empresas.


— Programas de educação continuada, formação de lideranças femininas, mentorias e políticas de remuneração que promovam a igualdade salarial são fundamentais para acelerar esse processo — destaca.


Ela lembra que muitas organizações já adotam os Princípios de Empoderamento das Mulheres, formulados pela ONU Mulheres, e criam suas próprias estratégias para ampliar a presença feminina em cargos de chefia.


— Aumentar a representatividade feminina em posições de liderança é uma questão de justiça social, equilíbrio econômico e de construção de um futuro mais próspero — reforça.


Para Chai, a mudança começa com ousadia e autenticidade.


— É a força da verdade, da criatividade, da intuição e da presença. Características femininas que, quando combinadas com estratégia e inteligência emocional, transformam nossas carreiras e o impacto que deixamos no mundo — conclui.


Ylana finaliza com um chamado à ação:


— Tratar a equidade de gênero como uma prioridade estratégica é essencial. Valorizar empresas comprometidas com a igualdade, garantir políticas transparentes de gestão e investir em educação inclusiva são passos fundamentais rumo a uma sociedade mais justa e representativa.


 
 
 

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