top of page
Buscar

Economia fragilizada e políticas imprevisíveis marcam segundo mandato de Trump, revela pesquisa

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 26 de abr.
  • 2 min de leitura

Uma pesquisa recente conduzida pelo jornal The New York Times em parceria com o Siena College aponta que a gestão econômica do presidente Donald Trump é desaprovada por 55% dos americanos. O levantamento, realizado entre 21 e 24 de abril de 2025 com 913 eleitores, destaca a crescente preocupação dos cidadãos com o rumo da economia sob o segundo mandato do republicano.


Embora Trump tenha voltado ao poder com uma agenda focada em protecionismo comercial e políticas nacionalistas, os resultados sugerem que suas decisões têm provocado instabilidade, afetando tanto a confiança dos consumidores quanto as expectativas dos investidores.


Percepção de caos e medo no ambiente econômico


O estudo revelou que 66% dos entrevistados consideram a gestão Trump “caótica” e 59% a classificam como “assustadora”. No campo econômico, essas percepções se refletem em temores sobre possíveis recessões, inflação elevada e crescimento abaixo do esperado.


Desde que reassumiu o governo, Trump ampliou a adoção de tarifas unilaterais, impondo sanções comerciais sem a autorização do Congresso e retirando os Estados Unidos de acordos internacionais estratégicos, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Tais medidas foram vistas por analistas como fatores que aumentaram a volatilidade global e pressionaram setores-chave da economia americana.


Protecionismo e impacto nos mercados


A escalada de tarifas punitivas, especialmente contra parceiros tradicionais como União Europeia, Canadá e México, acirrou tensões comerciais e prejudicou exportadores norte-americanos. A instabilidade cambial e o aumento nos custos de importação já impactam a indústria, com projeções de crescimento revisadas para baixo por diversas instituições financeiras.


Empresas do setor agrícola, manufatureiro e tecnológico relatam perdas crescentes, enquanto cadeias de suprimentos globais tentam se adaptar a um ambiente de regras incertas. Economistas ouvidos pelo NYT afirmam que o protecionismo exacerbado dificulta investimentos de longo prazo e reduz a competitividade dos Estados Unidos em mercados estratégicos.


Aprovação limitada e desafios internos


Apesar de 42% dos americanos considerarem o segundo mandato de Trump “animador”, o número é insuficiente para reverter o quadro de desaprovação majoritária. Apenas 42% aprovam a gestão geral do presidente, enquanto 54% reprovam, especialmente nas áreas econômica e de política externa.


Iniciativas como a tentativa de perdão parcial da dívida estudantil foram relativamente bem recebidas (42% de apoio), mas outras ações polêmicas, como a imposição de tarifas sem aval legislativo (apenas 28% de aprovação) e a deportação de imigrantes legais envolvidos em protestos, geraram forte rejeição.


Perspectivas e riscos futuros


Com a economia global dando sinais de desaceleração e o ambiente interno polarizado, especialistas alertam que o governo Trump enfrenta uma conjuntura desafiadora para os próximos anos. A falta de previsibilidade nas políticas econômicas e a crescente desconfiança entre parceiros internacionais podem comprometer o desempenho dos EUA em uma eventual crise.


A pesquisa reforça o cenário de divisão no país e destaca a necessidade de estabilidade e cooperação para enfrentar os desafios econômicos que se acumulam à frente. Por ora, a gestão Trump parece apostar em estratégias de choque que, embora agradem uma parcela de sua base, acentuam o clima de incerteza entre o mercado e a população em geral.



 
 
 

Opmerkingen


bottom of page