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Encontro com mães de autistas em Barra Mansa: gesto simbólico ou compromisso real?

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 21 de fev.
  • 2 min de leitura

Na última quinta-feira, 20, a Prefeitura de Barra Mansa promoveu um encontro com mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Parque de Saudade. O evento, organizado pela Secretaria da Pessoa com Deficiência (SMPD), contou com a presença da vice-prefeita e secretária da pasta, Luciana Alves, e outros representantes do governo e associações locais.


Em um primeiro olhar, a iniciativa parece um passo importante rumo à inclusão e ao fortalecimento de laços com uma parcela da população que, historicamente, carece de políticas públicas eficazes. No entanto, é necessário ir além dos discursos emocionados e das promessas de “humanização dos setores do governo” para entender se, de fato, há um compromisso concreto com as demandas dessa comunidade.


Enquanto se fala em “dar voz” e “inclusão”, mães e pais de crianças autistas continuam enfrentando dificuldades diárias em áreas que exigem ações práticas e não apenas encontros simbólicos. Onde estão, por exemplo, as melhorias estruturais nas escolas municipais para garantir acessibilidade real? E a capacitação adequada de professores e profissionais da saúde para lidar com as necessidades específicas desses alunos?


A presidente da Associação Autismo SuperAção, Lisandra Canela, elogiou o diálogo com a prefeitura e a atenção dada à inserção no mercado de trabalho. Mas, sem dados concretos sobre o avanço dessas políticas, é difícil avaliar se os elogios refletem mudanças reais ou apenas boas intenções que não saem do papel.


O evento no Parque de Saudade poderia ter sido o momento ideal para apresentar resultados tangíveis ou novas medidas práticas, mas parece ter se limitado a mais uma oportunidade de reforçar a imagem institucional da prefeitura. Em um cenário em que o reconhecimento simbólico é importante, mas insuficiente, fica o desafio de transformar encontros como esse em ações permanentes e eficazes, que realmente mudem a vida das famílias de autistas em Barra Mansa.


Mais do que estreitar laços, é preciso garantir direitos.


Foto Paulo Dimas


 
 
 

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