Enquanto dormimos, o crime faz a ronda
- Marcus Modesto
- 12 de abr.
- 1 min de leitura
A madrugada deveria ser sinônimo de descanso. Mas, em Barra Mansa, tem sido cada vez mais sinônimo de medo. Na sexta-feira (11), mais um trabalhador foi vítima da criminalidade que parece agir sem obstáculos: um Voyage preto, ano 2010, placa LPO-4108, foi furtado na Rua Mariana Ana da Rocha, no bairro Piteiras. O carro estava estacionado em frente à casa da proprietária — uma comerciante que só queria dormir depois de mais um dia de trabalho duro.
O que assusta não é só o furto, mas o contexto em que ele ocorre. Nem mesmo diante da própria casa o cidadão está seguro. A criminalidade anda solta, e o policiamento parece cada vez mais ausente. As rondas que deveriam coibir o crime simplesmente não passam. As ruas estão escuras, silenciosas — e perigosas.
A população não quer milagres. Quer o básico. Quer sair para trabalhar e voltar com a certeza de que seus bens, seu lar e sua vida estarão intactos. Quer a presença de quem deveria proteger, e não apenas o silêncio das promessas feitas em época de campanha.
Furtos como o ocorrido em Piteiras não são casos isolados. São sintomas de uma cidade doente pela omissão do poder público, onde o medo se tornou rotina e o crime se movimenta com liberdade.
É preciso cobrar. É preciso exigir. Porque não é só um carro que foi levado. Foi levada, mais uma vez, a sensação de segurança. E enquanto dormimos, o crime segue acordado — fazendo a ronda que as autoridades deixaram de fazer.

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