Entregador precisa usar colete à prova de balas para circular durante operação da PM em Paraty
- Marcus Modesto
- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Paraty (RJ), 18 de junho de 2025 – A quarta-feira começou com medo e tensão na Ilha das Cobras, em Paraty. Durante uma nova operação policial na comunidade, moradores relataram ações ostensivas, escolas sendo esvaziadas e, em um caso que chocou a população, um entregador precisou usar um colete à prova de balas para continuar trabalhando.
O profissional, que atua no serviço de entregas do Atacadão, foi visto circulando com o equipamento de proteção ao tentar cumprir suas rotas dentro do bairro. O episódio simboliza o nível de insegurança a que a população local está submetida.
“O entregador AK teve que colocar colete para entrar no bairro…”, alertou um morador nas redes sociais. “Está acontecendo operação na ilha. Estão esvaziando as creches e escolas. Cuidado.”
O uso do colete – geralmente restrito a forças de segurança ou situações extremas – revela o quanto o cotidiano dos trabalhadores comuns foi afetado pela operação.
Medo generalizado e denúncias
Além do impacto direto sobre os profissionais que prestam serviços na região, moradores denunciam que policiais estariam invadindo casas sem mandado judicial, o que, se confirmado, representa uma grave violação de direitos constitucionais.
Enquanto pais retiravam seus filhos das creches, relatos davam conta de que a rotina foi interrompida por uma operação que trouxe mais medo do que segurança. Muitos evitavam sair às ruas, e o clima era descrito como de “estado de sítio”.
Falta de inteligência e excesso de força
A ausência de informações oficiais por parte da Polícia Militar acirra ainda mais os questionamentos sobre a forma como as forças de segurança vêm atuando na cidade. Críticas se acumulam em torno do uso excessivo da força, da ausência de mandados e da falta de estratégias baseadas em inteligência e investigação.
“Até quando Paraty vai normalizar uma polícia que só sabe atuar na força e na intimidação?”, questionou um morador indignado.
Sem respostas oficiais
Até o momento, nenhuma autoridade policial se pronunciou8 oficialmente sobre a ação desta quarta-feira . Também não há informações sobre prisões, apreensões ou troca de tiros.
Enquanto isso, trabalhadores como o entregador que precisou se proteger com colete continuam expostos, sem garantias mínimas de segurança para exercerem suas funções.

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