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Entregadores de aplicativos realizam paralisação em todo o Brasil por melhores condições de trabalho

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 31 de mar.
  • 2 min de leitura

Entregadores de aplicativos de comida e outros serviços anunciaram uma paralisação de dois dias, que ocorre entre esta segunda-feira (31) e terça-feira (1), em todo o Brasil. O movimento, batizado de “Breque dos APPs”, tem como líderes entregadores de São Paulo e conta com o apoio do Movimento VAT-SP e da Minha Sampa.


Os trabalhadores exigem um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, R$ 2,50 por quilômetro rodado, limites de 3 quilômetros para entregas com bicicletas e o fim do agrupamento de corridas sem a devida compensação financeira. De acordo com os entregadores, o modelo de trabalho atual é precário e explora o cansaço dos trabalhadores, que, em sua maioria, enfrentam jornadas longas e desgastantes, comparáveis às condições de outros trabalhadores de setores tradicionais, como as mulheres em funções CLT.


O Movimento VAT-SP também convocou um ato para o dia 1º de maio na Avenida Paulista, com foco no fim da escala de trabalho 6×1 e na busca por uma vida além do trabalho. Para o dia 2 de maio, está prevista uma greve geral, chamada “feriadão”, com o objetivo de pressionar as empresas a melhorarem as condições de trabalho e aumentarem a remuneração.


A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como 99, iFood e Uber, afirmou que respeita o direito de manifestação e mantém canais de diálogo com os entregadores. A associação divulgou ainda dados do Cebrap, que apontam um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, alcançando R$ 31,33 por hora trabalhada.


Em sua nota, a Amobitec defende a regulamentação do trabalho por aplicativos, com foco na proteção social dos trabalhadores e na segurança jurídica das atividades. A associação também alertou que a paralisação pode causar atrasos e transtornos nos serviços de entrega em São Paulo.


Dada a natureza autônoma do trabalho, a adesão à greve é difícil de ser rastreada. A reportagem entrou em contato com os aplicativos para verificar se houve falta de entregadores, mas ainda aguarda retorno.



 
 
 

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