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ESPN afasta comentaristas após críticas à CBF e levanta debate sobre liberdade jornalística

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

Seis comentaristas esportivos da ESPN foram afastados temporariamente pela emissora após debaterem, em tom crítico, denúncias envolvendo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. A situação aconteceu na última segunda-feira (7), durante o programa Linha de Passe. Participaram da edição os jornalistas Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares.


O debate girou em torno de uma reportagem publicada pela revista Piauí, que detalha uma série de possíveis irregularidades na gestão de Ednaldo. Entre os pontos mais graves, estão o aumento substancial nos salários dos presidentes das federações — de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais — e o uso de recursos da CBF para custear regalias de familiares e políticos aliados durante a Copa do Mundo do Catar, como hospedagem em hotel cinco estrelas e o uso de cartões corporativos de até R$ 2,5 mil por dia.


Segundo informações do UOL, a repercussão das críticas incomodou a Confederação Brasileira de Futebol, que mantém vínculo comercial com a ESPN devido aos direitos de transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro. Pressionada, a emissora decidiu afastar os comentaristas.


Na noite seguinte, o programa Linha de Passe foi ao ar com uma formação diferente: André Plihal, André Kfouri, Breiller Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi assumiram a bancada. Escalas de transmissões e programas também foram ajustadas às pressas.


Embora a expectativa seja de que os profissionais afastados retornem à programação até esta quinta-feira (10), o caso já provoca debates dentro e fora da redação sobre os limites da liberdade de expressão no jornalismo esportivo. A ESPN, até o momento, não se pronunciou oficialmente.


O episódio reacende a discussão sobre a independência da imprensa diante de interesses comerciais e institucionais. Afinal, até que ponto uma emissora pode — ou deve — proteger contratos e patrocínios em detrimento da missão jornalística de questionar, fiscalizar e informar?


 
 
 

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