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Estudantes vivem experiências transformadoras na Bienal do Livro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 22 de jun.
  • 2 min de leitura

Livros que encantam, histórias que inspiram e descobertas que ficam para sempre na memória. Assim foi a experiência de milhares de alunos da rede estadual do Rio de Janeiro durante a Bienal do Livro, encerrada neste domingo (22). Este ano, a Secretaria Estadual de Educação ampliou a participação dos estudantes no maior evento literário do país e investiu na democratização do acesso à leitura como ferramenta de transformação.


Foram distribuídos 30 mil vales-livros no valor de R$ 100 para alunos de 833 escolas, além de outros 5 mil para professores — totalizando 35 mil vouchers e 10 mil livros a mais em relação à última edição. Um esforço que se refletiu em sorrisos, curiosidade e novas perspectivas para crianças e adolescentes de todas as regiões do estado.


Para Pedro Lucas Gomes, de 16 anos, estudante do Ciep 195 – Anibal Machado, em Anchieta, a visita à Bienal foi a realização de um sonho. Ele usou o vale para adquirir livros de Ciências, área que pretende seguir profissionalmente.

— Está tudo incrível. Estou amando. Nunca tinha vindo antes e agora quero voltar sempre. Comprei livros que vão me ajudar no Enem e na minha formação — contou Pedro, que deseja ser cientista.


Pela primeira vez, estudantes do Colégio Estadual Indígena Guarani Tava Mirim, de Paraty, também participaram do evento. Para os cerca de 40 alunos, com idades entre 6 e 13 anos, a visita foi uma verdadeira imersão em um universo novo.

— É legal. Estou adorando. Nunca vi tantos livros juntos — disse Suain Jaxuka, aluna do 4º ano, que agradeceu em guarani: aveté.


O diretor da escola, Fernando Granja Berieiro, destacou a importância da ação para ampliar os horizontes dos alunos indígenas.

— Essa vivência é um estímulo à leitura, mas também um incentivo à autoestima e à valorização da cultura. Nossos estudantes precisam ter acesso a novos espaços, e esse tipo de iniciativa é fundamental para a educação escolar indígena.


Outro destaque foi a presença do Colégio Indígena Estadual Guarani Karai Kuery Renda, de Angra dos Reis. Para a secretária estadual de Educação, Roberta Barreto, integrar alunos de diferentes origens e contextos reforça o compromisso com uma educação plural e inclusiva.

— A Bienal é um espaço de aprendizado, inspiração e troca. Estar aqui com nossos alunos, especialmente os indígenas, é fortalecer a conexão entre a leitura, a cultura e a cidadania.


Com o tema “Educação do Futuro: sonhar, criar, realizar”, o estande da Secretaria Estadual de Educação apresentou projetos pedagógicos inovadores desenvolvidos nas escolas da rede. Professores autores também ganharam destaque, como Saulo Gurgel, que lançou o e-book Matéria e Energia, voltado ao ensino de Ciências.

— Publicar um livro é um passo importante. Ter esse apoio da secretaria e espaço na Bienal dá ainda mais sentido ao nosso trabalho em sala de aula — disse o professor, com 15 anos de atuação na rede estadual.


Com prioridade para alunos do 3º ano do Ensino Médio, em fase de preparação para o Enem, a distribuição dos vales-livros representou mais que um presente: foi um investimento direto em futuro. Um estímulo à leitura que, para muitos, veio acompanhado da primeira visita a um evento literário — e que certamente não será a última.



 
 
 

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