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Ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, é preso pela PF

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 22 minutos
  • 2 min de leitura

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal prendeu preventivamente nesta quarta-feira (18) o tenente-coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado articulada por membros do antigo governo, e se baseia em indícios de que Câmara atuou para obstruir as apurações em curso.


Câmara já era réu em uma das ações penais que investigam a chamada “trama golpista”, uma suposta articulação para deslegitimar as eleições de 2022 e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A nova ordem de prisão tem como base provas apresentadas pela defesa do próprio militar, que podem ter tido o efeito contrário ao pretendido: ao tentar desqualificar a delação premiada do também tenente-coronel Mauro Cid, acabou reforçando as suspeitas contra si.


A defesa de Câmara entregou ao STF áudios e prints de conversas com Mauro Cid, que teriam ocorrido entre janeiro e março de 2024, e que mostram discussões sobre os termos e motivações da colaboração premiada. Os advogados alegam que a delação de Cid não teria sido voluntária e pedem sua anulação. No entanto, para o STF, o conteúdo dessas conversas pode indicar uma tentativa de influenciar ou interferir no curso da investigação, o que configuraria obstrução de Justiça.


A prisão de Câmara representa um novo capítulo na série de desdobramentos que envolvem o núcleo militar próximo a Bolsonaro. Além dele e de Mauro Cid, outros ex-assessores e oficiais das Forças Armadas estão sendo investigados por envolvimento em ações que vão desde o monitoramento ilegal de autoridades por meio da Abin até a elaboração de minutas golpistas.


Com a prisão, Marcelo Câmara se junta à lista de aliados do ex-presidente que enfrentam acusações graves no STF. Moraes justificou a medida como necessária para preservar a integridade das investigações, citando o risco de interferência nas provas e coação de testemunhas. A defesa do militar ainda não se manifestou oficialmente sobre a prisão, mas deve recorrer da decisão nos próximos dias.


A Procuradoria-Geral da República e o Supremo seguem acompanhando o caso de perto, que pode ter impacto direto sobre os rumos do processo principal contra Bolsonaro e seu entorno. Nos bastidores, cresce a expectativa por novos desdobramentos, incluindo eventuais delações e prisões adicionais.


A investigação se aproxima de um momento decisivo: se confirmadas as tentativas de obstrução, o cerco pode apertar ainda mais contra os principais articuladores da tentativa de ruptura institucional no país.


 
 
 

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