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Ex-chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski se entrega após ter prisão preventiva restabelecida pelo STF

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 7 de mai.
  • 2 min de leitura

O delegado Allan Turnowski, ex-secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, se entregou na noite desta terça-feira (6) à corregedoria da instituição, após o Supremo Tribunal Federal (STF) restabelecer sua prisão preventiva. A decisão foi tomada na semana passada pela 2ª Turma da Corte, que atendeu a um pedido do Ministério Público ao considerar que há elementos suficientes para justificar a medida cautelar.


Turnowski é réu por organização criminosa e é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo contraventores do jogo do bicho. Segundo as investigações, ele teria utilizado sua posição de destaque na segurança pública fluminense para favorecer interesses de grupos criminosos, em troca de propina.


A defesa do delegado ainda não se pronunciou sobre a nova ordem de prisão. Turnowski, no entanto, nega todas as acusações e afirma não ter qualquer envolvimento com atividades ilícitas.


Essa não é a primeira vez que o delegado enfrenta problemas com a Justiça. Ele chegou a ser preso em setembro de 2022 por agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual. A investigação se baseia em delações premiadas e interceptações telefônicas que apontam supostas ligações do ex-secretário com figuras da contravenção carioca.


Turnowski tem um histórico de altos e baixos na cúpula da segurança pública do Rio. Foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral, mas deixou o cargo em meio a suspeitas de envolvimento no vazamento de informações da Operação Guilhotina, da Polícia Federal. Chegou a ser indiciado por violação de sigilo funcional, mas o caso foi arquivado por falta de provas.


Após anos afastado da linha de frente, reassumiu posição de destaque em 2019 como chefe do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), comandando todas as delegacias da cidade do Rio. Em 2020, foi nomeado secretário da Polícia Civil por Cláudio Castro, cargo que ocupou até o surgimento das denúncias que hoje o colocam no centro de um dos mais delicados escândalos da segurança pública fluminense.


A nova prisão reacende o debate sobre a politização das forças policiais no estado e os vínculos históricos entre setores da segurança pública e grupos ligados à contravenção e ao crime organizado. O caso segue em andamento no STF.


Foto Reprodução


 
 
 

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