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Ex-diretora do Facebook acusa Meta e Zuckerberg de colaborar com governo chinês

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

A diplomata neozelandesa Sarah Wynn-Williams, ex-diretora de Políticas Públicas Globais do Facebook (hoje Meta), afirmou nesta quarta-feira (10), em audiência no Senado dos Estados Unidos, que a empresa e seu CEO, Mark Zuckerberg, colaboraram diretamente com o governo da China.


O depoimento ocorreu diante do subcomitê de crime e contraterrorismo, em Washington, e trouxe uma série de acusações graves. Entre elas, a de que a Meta ajudou a desenvolver ferramentas de censura usadas contra críticos do regime chinês e compartilhou dados de usuários de todo o mundo com autoridades do país asiático.


Segundo Williams, a empresa também teria contribuído secretamente para o desenvolvimento de modelos de inteligência artificial (IA) com fins tanto comerciais quanto militares. Ela afirmou que o código da IA da Meta, o Llama, foi repassado ao Partido Comunista Chinês.


Questionada sobre a presença da Meta na China — país onde as redes sociais da empresa são oficialmente proibidas — a ex-diretora foi enfática: “Durante anos, vi diretores da Meta traindo os valores americanos para construir um império de 18 bilhões de dólares com Pequim”, disse. “Mentiram para funcionários, investidores, congressistas e para o povo dos Estados Unidos.”


Williams também revelou a existência de uma ferramenta interna chamada “controle viral”, que permitiria ao governo chinês remover publicações com grande repercussão. Ela afirmou que o recurso foi utilizado contra usuários em Hong Kong, Taiwan e outros que acessam as plataformas da Meta a partir da China.


Livro explosivo e processo judicial


No início de março, Sarah Wynn-Williams lançou o livro “Careless People: A Cautionary Tale of Power, Greed, and Lost Idealism”, no qual relata episódios de assédio sexual e má conduta de altos executivos da Meta durante seu período na empresa, encerrado em 2017.


Em reação, a Meta entrou com um processo judicial para tentar barrar a publicação, alegando quebra de cláusulas contratuais, como um acordo de não difamação. A editora Flatiron Books, no entanto, mantém a distribuição da obra, atualmente em segundo lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times na categoria de não-ficção.


Resposta da Meta


Em nota divulgada à imprensa americana, a Meta classificou as declarações de Williams como “dissociadas da realidade e repletas de alegações falsas”. A empresa negou ter operação ativa na China, embora admita que Zuckerberg tenha demonstrado interesse em ingressar no mercado do país em ocasiões anteriores.



 
 
 

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