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Explosão de Roubos de Veículos no Rio Expõe Falência da Segurança Pública

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura

Estado:

O Rio de Janeiro vive uma crise de segurança sem precedentes. Entre a última quinta-feira (30) e domingo (2), o estado registrou 798 roubos de veículos, o equivalente a 200 carros roubados por dia. O aumento de 168% em relação ao mesmo período de 2024 não é apenas um número alarmante, mas a comprovação de que a violência urbana está completamente fora de controle.


Os dados são brutais: no ano passado, o estado já havia registrado 30.934 roubos de veículos, um crescimento de 39% em relação a 2023. Pela primeira vez em 20 anos, esse crime ultrapassou os roubos a pedestres, revelando uma mudança no modus operandi do crime organizado. Agora, os criminosos não apenas assaltam motoristas como utilizam os veículos para outros crimes, ampliando ainda mais o ciclo da violência.


Governo Desorientado e Respostas Vazias


Diante dessa escalada criminosa, a resposta oficial soa quase cínica. O secretário de Segurança, Victor Cesar Santos, afirmou que “a população pode ficar tranquila” e que o policiamento será reforçado. Mas como confiar em uma estrutura de segurança que permite um aumento tão explosivo da criminalidade? Como ficar tranquilo quando criminosos tomam as ruas com total liberdade, transformando vias expressas e bairros inteiros em territórios sem lei?


A Polícia Militar admitiu, em nota, que facções criminosas estariam ordenando os roubos em massa para desestabilizar o governo. Se essa informação for verdadeira, trata-se de uma confissão de fracasso: significa que o crime organizado não apenas desafia as autoridades, mas dita as regras e impõe sua própria dinâmica sobre a cidade.


Violência Sem Limites: A Morte de um Trabalhador


Enquanto o governo tenta acalmar a opinião pública com promessas vazias, a realidade sangra nas ruas. Na última segunda-feira, o segurança Alexander de Araújo Carvalho, de 46 anos, foi brutalmente assassinado durante um arrastão na Linha Amarela. Ele tentava fugir quando foi atingido pelas costas e executado com tiros adicionais mesmo caído no chão.


O episódio não apenas escancara a brutalidade dos criminosos, mas também a impunidade reinante. Para piorar, um vídeo flagrou um homem furtando o celular da vítima caída, num gesto de desumanidade que simboliza o caos absoluto que se instalou na cidade.


Um Estado Refém do Crime


O crescimento exponencial dos roubos de veículos não é apenas um problema estatístico. Ele revela a falência completa de uma política de segurança que insiste em medidas paliativas enquanto o crime se organiza e se fortalece. O tráfico de drogas e as milícias continuam expandindo seus domínios, e as forças de segurança se mostram incapazes de impedir essa escalada.


A promessa de reforço policial soa como mais do mesmo. O que falta não são operações pontuais, mas uma reestruturação real da segurança pública, com inteligência, enfrentamento ao crime organizado e ações que realmente enfraqueçam essas redes criminosas.


Enquanto isso, motoristas seguem saindo de casa sem saber se voltarão. O crime age à luz do dia, e a resposta do Estado se resume a discursos burocráticos e números que só pioram.



 
 
 

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