Exposição “Raízes do Axé” promove imersão na cultura de terreiro em Volta Redonda
- Marcus Modesto
- 5 de mai.
- 2 min de leitura
O Terreiro de Umbanda Santo Antônio, na Vila Mury, em Volta Redonda, recebe no próximo sábado (10), das 10h às 20h, a exposição inédita “Raízes do Axé”. Com entrada gratuita, o evento convida o público a mergulhar na memória, na arte e na espiritualidade dos terreiros tradicionais da cidade, reafirmando a força da cultura afro-brasileira na região.
Idealizada por Mãe Vívian Werneck com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, a mostra reúne acervo de objetos sagrados, documentos históricos e fotografias de alguns dos terreiros mais antigos de Volta Redonda. A proposta é conectar passado e presente da religiosidade de matriz africana, valorizando o legado espiritual e cultural das comunidades de axé.
Além da exposição principal, a programação inclui experiências interativas ao longo do dia. Um dos destaques é o Jardim dos Orixás, espaço ao ar livre com vegetação sagrada, esculturas e o painel de grafite “Tradição no futuro”, do artista Jader Mattos, que representa a força da cultura afroindígena nos territórios de axé.
No salão cultural, a artista plástica Kátia Guimarães conduz a oficina “A ponte entre o barro e o aço”, onde o público poderá modelar argila como forma simbólica de conexão com os elementos da ancestralidade. No barracão principal, uma feira de artesanato com produção local movimenta a economia criativa e fortalece o empreendedorismo de matriz cultural.
A tradicional feijoada de terreiro será servida entre 12h e 15h, com preço acessível. Às 15h, o público infantojuvenil poderá participar da oficina “Arte, música e meio ambiente: resgatando saberes ancestrais”, promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), unindo educação ambiental e herança cultural.
Com acessibilidade garantida – incluindo dispositivos em Libras e material em Braille –, “Raízes do Axé” propõe um encontro entre memória, arte e resistência, e reforça o papel das comunidades de terreiro na construção da identidade cultural da Cidade do Aço.
Foto Divulgação

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