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“Facções Criminosas no Sul Fluminense: A Guerra Silenciosa e a Ineficácia das Soluções”

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura

Marcus Modesto


A situação da segurança pública no Sul Fluminense reflete uma constante luta contra o avanço do crime organizado, cujas facções dominam amplas áreas das cidades, como Volta Redonda e Barra Mansa. Embora haja tentativas de mitigação, como a instalação de câmeras de segurança e operações periódicas, o controle das ruas ainda escapa à vigilância oficial.


Em Volta Redonda, a presença do tráfico é amplamente reconhecida, mas o efeito das câmeras de monitoramento e do policiamento se limita a certas áreas, deixando muitas localidades vulneráveis. Relatos de motoristas de Uber e de moradores confirmam que há bairros inteiros, como o São Sebastião, Roma e Morro da Conquista, onde a polícia tem acesso restrito e as facções operam livremente, criando barricadas para impedir a entrada de autoridades. Há uma divisão territorial clara entre as facções Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP), com intensos conflitos nas áreas disputadas.


Em Barra Mansa, o cenário é igualmente alarmante. A recente chacina no Centro da cidade, que resultou na morte de três pessoas em um tiroteio entre facções rivais, é um exemplo claro da violência imposta por essa disputa territorial. O ataque, seguido por um incêndio criminoso no Parque da Cidade, demonstra a ousadia dos criminosos e a ineficácia das tentativas de controle. A situação de guerra entre facções, que envolve bairros como Boa Vista, Vila Coringa e Vila Nova, é apontada como a principal causa dos mais de 100 homicídios registrados na cidade nos últimos dois anos.


As ações de combate ao crime, como a retirada de veículos abandonados que servem de esconderijo para drogas, são medidas emergenciais, mas não resolvem a raiz do problema. O que se vê é uma guerra silenciosa, onde a população paga o preço de uma insegurança cada vez mais crônica e difícil de controlar. O enfraquecimento das UPPs e a falta de soluções efetivas para a ocupação territorial das facções demonstram que, apesar das promessas e medidas paliativas, o combate ao crime organizado ainda está distante de ser eficaz.


Diante desse cenário, é imperativo que os prefeitos do Sul Fluminense criem uma frente unificada de combate à criminalidade, juntando forças para enfrentar esse problema comum. A criação de um sistema de segurança integrado para a região, com ações coordenadas entre os municípios, é essencial para garantir uma resposta mais efetiva e evitar que o crime continue se espalhando. O fortalecimento da cooperação entre as cidades pode ser a chave para reverter a atual situação de vulnerabilidade e insegurança.


Aqui está um gráfico representando o número de homicídios em Barra Mansa e Volta Redonda de 2021 a 2023. As linhas sólidas indicam os homicídios registrados em cada cidade, enquanto as linhas tracejadas representam o total de homicídios, que incluem outras causas de violência. A tendência crescente da violência é evidente ao longo dos anos nas duas cidades, refletindo a intensificação do domínio das facções criminosas. 


 
 
 

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