Falta de professores prejudica alunos da rede municipal de Barra Mansa e revolta pais
- Marcus Modesto
- 2 de jul.
- 2 min de leitura
A crise na educação pública de Barra Mansa ganha mais um capítulo preocupante: alunos seguem sem aulas regulares de Ciências, Geografia e História por falta de professores. O caso foi denunciado por uma mãe, após participar de uma reunião na escola do filho e ser informada de que não há notas nas três disciplinas — simplesmente porque os professores responsáveis por essas matérias ainda não foram contratados pela prefeitura.
A ausência do professor 2, profissional responsável por disciplinas específicas a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, vem sendo recorrente em diversas unidades da rede. A situação já afeta diretamente o desempenho e a aprendizagem dos estudantes, que seguem o ano letivo sem a carga horária completa e sem conteúdo em matérias essenciais para sua formação.
Indignada, a mãe gravou sua denúncia em tom de desabafo:
“Isso é inaceitável, em uma cidade onde o prefeito está empenhado em trazer cantores internacionais para shows, enquanto a educação está jogada às traças.”
Ela também isenta os profissionais da escola de culpa e direciona sua crítica à gestão do prefeito Luiz Furlani, cobrando respostas e ações concretas.
“Não, não é culpa da escola, nem dos profissionais da educação, que estão trabalhando em condições tão ruins quanto as que os alunos enfrentam para estudar.”
Além da falta de professores, a estrutura precária da unidade escolar também foi apontada. Segundo a denúncia, a quadra da escola está há quase dois anos interditada, aguardando uma obra prometida pela prefeitura.
“Disseram que em março a obra seria entregue. Estamos em julho e nada foi feito.”
A revolta dos pais cresce diante do contraste entre as promessas não cumpridas e os eventos promovidos pela prefeitura.
“Por que é tão difícil entregar uma obra de urgência, sendo que ele [o prefeito] está fazendo várias outras? Espero que o prefeito tenha tempo na agenda de vídeos para me dar uma ligadinha, como fez na eleição, pedindo voto.”
Pais e responsáveis já articulam uma denúncia ao Ministério da Educação caso não haja solução imediata para o problema. A cobrança é clara: o direito à educação está sendo violado.
A população agora aguarda um posicionamento oficial da Secretaria Municipal de Educação e do prefeito Luiz Furlani, que, até o momento, não se manifestaram publicamente sobre a falta de professores e as condições precárias nas escolas municipais.
Enquanto isso, alunos seguem sem aula, sem nota e sem perspectivas. E a pergunta que fica é: onde está a prioridade da gestão municipal?

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