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Ferrovia Angra-Barra Mansa: promessa antiga em nova embalagem?

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 19 de abr.
  • 1 min de leitura

Com a proximidade das eleições de 2026, começam a surgir velhos projetos com cara de novidade. Um dos mais recentes é o anúncio do governo federal, que incluiu o trecho ferroviário de 108 km entre Angra dos Reis e Barra Mansa no novo modelo de chamamento público. A linha, desativada há quase 15 anos, pode ser reativada ainda em 2024 com foco no transporte de cargas e fertilizantes, com uma estimativa ambiciosa de movimentar 25 mil contêineres por ano.


Não há dúvidas de que o retorno da ferrovia pode beneficiar a logística regional, especialmente com a modernização do Porto de Angra, além de impulsionar a economia local com novos empregos e maior integração com a malha nacional. Mas vale lembrar: essa não é a primeira vez que ouvimos promessas sobre essa linha.


Quantas vezes esse trecho já foi citado em discursos, planos e entrevistas de pré-campanha? Quantos anúncios similares foram feitos e esquecidos no ciclo eleitoral seguinte?


O prefeito de Angra, Cláudio Ferreti, participou do debate com a ANTT e classificou a ferrovia como “essencial para o crescimento e geração de empregos”. A fala é legítima, mas o histórico exige cautela: sem transparência, cronograma realista e compromisso com a população afetada, o projeto corre o risco de virar apenas mais um slogan em palanque.


O que esperar? O chamamento público está previsto para o segundo semestre de 2025. Até lá, cabe à população acompanhar de perto, cobrar prazos, exigir garantias e não deixar que a ferrovia vire apenas trilho para carreata de candidato.



 
 
 

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